Poeta picoense de 103 anos traz memórias de uma Picos que avançou no tempo - Barra d Alcântara News

últimas

Post Top Ad

Post Top Ad

EM BREVE, SUA EMPRESA AQUI

12 de dez. de 2022

Poeta picoense de 103 anos traz memórias de uma Picos que avançou no tempo

 Fotos: Paula Monize - Cidadeverde.com/picos

Picoense da gema, poeta, com 103 anos de história. Patriarca de uma prole de 15 filhos, mudou sua vida na ‘Cidade Modelo’. Essa é a descrição de José Francisco de Matos que traz memórias de uma Picos antiga, que ele viu crescer e se desenvolver em mais de um século de existência.

Natural do Povoado Baixio da Pitombeira, zona rural de Picos, José Francisco de Matos em 1962 veio para a cidade com toda a família em busca de oportunidades.

Com raízes na roça, o picoense passou também a trabalhar no mercado municipal, onde a esposa fazia comida para vender, alimentando quem por ali passava. 

“A gente plantava algodão, milho e arroz, para sobreviver mesmo. Foi aí que vimos que as coisas precisavam melhorar. Vim para a cidade com o meu filho José de Matos Filho e construímos nossa casa. Só depois trouxemos toda a família. Quando a gente chegou aqui não sentimos muitas dificuldades, pois sempre trabalhamos muito. A labuta era no mercado e na roça, foi um tempo muito bom, foram 15 anos no mercado [emocionou], sinto muitas saudades, fiz muitos amigos”, relatou José Francisco de Matos.

José Francisco de Matos ao lado de dois dos 9 filhos ainda vivos

O picoense centenário traz memórias de uma Picos antiga, que avançava rapidamente no tempo. Eram famílias que aqui residiam, outras que passavam a ter Picos como o seu novo lar, buscando a prosperidade diante de uma realidade tão dura.

"Picos representa muita coisa boa, mudou a minha vida e da minha família. Hoje tudo mudou, antes era muito difícil, a realidade era dura, a gente vivia com muito pouco, mas também era muito feliz. Essa cidade recebeu gente de todo lugar, pessoas que acreditavam em Picos”, frisou.

José Francisco de Matos é ainda poeta. As rimas brotam com facilidade, a voz falha demonstra os 103 anos bem vividos. Durante a entrevista ao Portal Cidadeverde.com/picos, seu José Matos ainda recitou uma poesia que fala um pouco de si mesmo. 

"Sou Zé Rufino do Baixio da Pitombeira, um poeta classificado, com minha rima. O que eu fizer está feito e o que eu disser está dito. Vamos pensar em Deus porque o céu é bonito”, finalizou.

Nesta segunda-feira (12 de dezembro) Picos celebra 132 anos de história. Por essa razão, contamos a história de um picoense que vive parte desta história, exatos 103 anos. É a memória viva de quem conhece a cidade ao longo do tempo e faz dela sua grande paixão.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário