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19 de jan. de 2023

Na Argentina, Marcos Vitor usava nome falso e trabalhava em restaurante

 

O ex-estudante de medicina, Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, de 23 anos, condenado por estuprar a irmã de 9 anos e uma prima de 12 anos, utilizava nome falso e trabalhava em um restaurante na Argentina.  Ele foi preso nesta quinta-feira na cidade de Mar del Plata, na Argentina, após um trabalho investigativo que contou com apoio da Interpol e da Polícia Federal argentina.

No país vizinho, Marcos Vitor se apresentava como ‘Pedro Saldanha’ e tinha uma aparência diferente da que utilizava quando ainda morava em Teresina. Com cabelo grande e barba o ex-estudante de medicina levava uma vida normal, segundo a polícia.

“Conseguimos identificar inicialmente que ele estava em Buenos Aires, no entanto, depois que foi publicada a sentença de condenação, ele começou a se movimentar. Tivemos que reativar o trabalho de levantamento e monitoramento nas redes sociais. Ele usava nome falso e estava vivendo uma vida normal na Argentina, inclusive trabalhando em um restaurante como freelancer”, explicou o delegado Matheus Zanata, que coordenou as investigações.

As diligências também foram realizadas no ambiente cibernético para ajudar na localização e na prisão do investigado. 

“Quando surgiu essa possibilidade da pessoa que usava o nome de Pedro Saldanha ser na verdade o Marcos Vitor, foragido da Justiça do Piauí, o delegado Matheus Zanatta acionou a gente para fazer essas confirmações, fazer o que era possível fazer à distância. Isso foi feito em um espaço curto de tempo. A partir daí foi só a burocracia necessária para poder cumprir essa prisão", destacou o delegado Anchieta Nery, da Inteligência da Polícia Civil, que comandava a delegacia de repressão aos crimes de informática.

A prisão de Marcos Vitor foi confirmada na manhã desta quinta-feira (19) pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí.

Extradição 

O estudante Marcos Vitor foi preso em frente a um shopping movimentado na Argentina nesta quarta-feira (17). Segundo o delegado Anchieta Nery, ele não reagiu à abordagem policial. 

A extradição do piauiense acusado de estupro é um processo que ainda não começou a tramitar. Contudo, de acordo com a delegada Milena Caland da Polícia Federal do Piauí, representante da Interpol no estado, o juízo da Argentina já foi comunicado. 

“A Interpol não comunicou oficialmente ao juízo, quem comunicou fui eu, extraoficialmente. Mas a Interpol precisa oficiar ao juízo da 6ª vara para que ele dê início ao processo de extradição. Tudo depende da ação do juízo”, informou a delegada. 

Segundo a delegada, ela vai ratificar bastante com o juízo para que a extradição aconteça o quanto antes. Isso porque, de acordo com ela, há casos em que o juízo não providencia a extradição e por excesso de prazo o foragido é solto. 

“Mas eu tenho plena certeza que o juízo colaborará com a gente”, destacou a delegada. 

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com 

 O delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, destacou que desde final de 2022 a Polícia fez um compromisso com a família das vítimas para colocar um ponto final o quanto antes nessa história. 

“Tínhamos um grupo exclusivo no WhatsApp para coletar informações desse indivíduo. Felizmente conseguimos realizar a prisão dele para dar uma sensação de Jutiça”, acrescentou o delegado. 

O caso

Marcos Vitor Aguiar Dantas foi condenado a 33 anos oito meses e sete dias de prisão em regime fechado pelo estupro de duas meninas, uma delas sua irmã.

Pelo estupro da irmã, Marcos Vitor foi condenado a 23 anos e quatro meses e pelo estupro da prima a condenação foi de 10 anos, quatro meses e sete dias. Na decisão do juiz, o estudante foi absolvido de uma terceira denúncia de estupro, também contra outra irmã. 

O caso, que foi investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ganhou repercussão nacional e chocou o país. 

As denúncias contra foram encaminhadas à polícia em agosto de 2021. As violências sexuais ocorriam, diz a mãe de uma das vítimas, quando Marcos Vitor tinha oportunidade de ficar sozinho com as meninas, inclusive durante viagens familiares. 

Em depoimento, a mãe informou que por causa dos abusos, sua filha teve depressão, se automutilou e tentou suicídio. 

 

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