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22 de mai. de 2023

Federação repudia racismo no futebol do Piauí; torcedor é proibido de frequentar estádios

 

 

O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) proibiu o torcedor Francisco das Chagas de Sousa, 61anos, de frequentar estádios de futebol pelo período de seis meses pelo caso de injúria racial contra o goleiro Caíque Luiz, durante um jogo entre Altos e Ypiranga-RS pela Série C do Campeonato Brasileiro, ocorrido nesse sábado (20), no estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina.

A Justiça também concedeu liberdade provisória a Francisco das Chagas, mediante cumprimento das medidas cautelares.

A Federação de Futebol do Piauí (FFP) repudiou o ato de racismo ocorrido no final de semana. De acordo com a FFP, o caso aconteceu logo no início da partida, por volta dos dez minutos do primeiro tempo, quando Caíque Luiz chamou o árbitro para relatar que estava sendo alvo de gritos racistas vindos da torcida que estava atrás do gol que ele defendia.

A partida foi paralisada e os policiais, juntamente com dirigentes da FFP que atuavam na partida, foram até a arquibancada para a retirada do torcedor da praça esportiva. Francisco das Chagas de Sousa foi autuado por injúria racial e encaminhado à Central de Flagrantes de Teresina. Ao término da partida, após o depoimento do atleta, do árbitro e de outras testemunhas, o torcedor foi preso em flagrante.

Veja nota da FFP

Esta não é a primeira vez que um caso de racismo ocorre em uma praça esportiva piauiense. Ainda em 2019, durante uma partida do Campeonato Piauiense, o zagueiro Alan, à época jogador do Piauí Esporte Clube, foi chamado de “macaco” por um torcedor presente na arquibancada. O caso foi julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí e chegou ao Ministério Público do Piauí.

Após esse caso, a Federação de Futebol do Piauí assinou junto ao MP-PI um termo de ajustamento de conduta para o enfrentamento e o combate a condutas discriminatórias em estádios do Piauí.  O termo possui 15 cláusulas nas quais a entidade desportiva assume o compromisso de desenvolver uma série de ações. A FFP também lançou a campanha “Racismo não se tolera, racismo se combate”, onde desde então faixas na lateral dos gramados das praças esportivas, banners em redes sociais e no site da entidade, além de chamadas nas transmissões dos jogos pela FFPTV são constantemente divulgados, com o intuito de conscientizar, esclarecer, prevenir e combater novos episódios de racismo e injúria racial. 

A Federação de Futebol do Piauí repudia todo e qualquer ato de racismo e discriminação, condutas incompatíveis com o esporte, ao tempo em que se solidariza com o atleta Caíque, do Ypiranga-RS. Reconhecemos que para tais pautas não há cor, raça, credo, religião, sexo e muito menos escudos que nos diferenciem ou nos tornem mais ou menos que o próximo. A intolerância, a discriminação e o preconceito precisam ser combatidos, seja no futebol ou em qualquer outro lugar na sociedade. Esse fato só reforça a importância de nossa luta por um futebol sem ódio. A FFP aproveita a oportunidade para agradecer à Polícia Militar pela eficiência no apoio prestado.

 

Veja nota na íntegra aqui 

O Ypiranga Futebol Clube, time de Caíque Luiz, também se manifestou nas redes sociais. O clube externou apoio ao jogador e repudiou o caso.

 

A Associação Atlética de Altos também repudiou atos racistas: 

 

 

Racismo contra Vinicius Junior

O brasileiro Vinicius Junior foi mais uma vez vítima de racismo na Espanha. Parte da torcida do Valencia, que enfrentou e venceu o Real Madrid neste domingo por 1 a 0, gritou insultos racistas direcionados ao jogador brasileiro no segundo tempo da partida, que foi paralisada.

No Estádio Mestalla, torcedores do Valencia gritaram repetidas vezes "mono" (macaco) em direção a Vini Jr, que mostrou ao árbitro Ricardo de Burgos de onde vinham as ofensas.

 

Rebeca Lima
redacao@cidadeverde.com

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