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23 de jul. de 2023

Golpe promete reduzir juros de empréstimos já feitos e até reembolso




Empresas estão fazendo promessas de reduzir juros em empréstimos já realizados e até mesmo reembolsar parte do dinheiro, mas os consumidores que contrataram esses serviços denunciam: é um golpe.


Uma dessas empresas é a AVT Prime Soluções Financeiras, localizada em Santo André, no ABC Paulista. Ela alega ser capaz de diminuir os juros e reembolsar valores pagos em financiamentos. Um repórter disfarçado do Jornal Nacional visitou o escritório da empresa. A atendente garante que a revisão dos juros tem aprovação do Banco Central do Brasil.



"A gente entra dentro da plataforma de recálculo bancário do Banco Central. Aí, a gente coloca todas as informações do seu contrato e eles fazem a análise. E aí conseguem verificar se existem juros abusivos. As parcelas que foram pagas com abusividade, você recebe o estorno", afirma a funcionária.



Além disso, eles estabelecem um prazo para realizar toda a regularização do contrato, que varia de 30 a 45 dias úteis.


O repórter do JN usou o carnê de um parente para solicitar uma simulação. Em seguida, outra mulher surge com um símbolo do Banco Central e confirma a aprovação da revisão.

"Consta aprovada, tá? Então, a gente consegue fazer a revisão, né? Sua parcela de R$ 476,82, na verdade, ela deveria ser esse valor aqui ó: de R$ 273,83", diz ela.

E para aumentar a persuasão, eles prometem devolver o que foi pago a mais: "No seu caso, a irregularidade foi no valor de R$ 6.089, que é o que volta para você. Não tem erro. Agente tem 100% do procedimento concluído. Então, você tem 100% de garantia".



Porém, há um preço que deve ser pago antecipadamente antes do suposto ressarcimento: "Ó, R$ 1.395, tá?".



Outra empresa que oferece serviços semelhantes é a Simplifica Soluções, localizada em Mauá, na Grande São Paulo. Ela também alega utilizar o sistema direto do Banco Central para fazer revisões e promete um valor a ser recebido.



Um gerente de loja, Michel Cavalcante Oliveira, acreditou em uma dessas empresas e pagou quase R$ 2 mil, mas, após quase sete meses, não recebeu o valor prometido.



"Era em torno de R$ 12 mil mais ou menos que eu ia reaver. A propaganda foi tão bem-feita, um cenário muito bonito, que você cai. E a gente se sente mais uma vez enganado", afirma Michel.



O Jornal Nacional entrou em contato com o Banco Central para entender o funcionamento da plataforma mencionada pelas empresas. Em nota, o BC foi enfático ao afirmar que não oferece sistema para contratação de operações de crédito ou renegociação de dívidas, e ainda declarou que não interfere nos acordos entre as instituições financeiras e seus clientes.

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