Por Mílton Jung
28/12/2023 06h19 Atualizado há uma hora
Dinheiro. — Foto: (Foto: Adriana Toffetti/Ato Press/Agência O Globo)A partir de janeiro de 2024, o valor será de R$ 1.412, ante os R$ 1.320. O valor representa um reajuste de 7%, que corresponde à inflação dos últimos 12 meses mais o índice de crescimento real do PIB de dois anos anteriores.
Apesar de ter ficado abaixo da previsão do Orçamento de 2024, o aumento de 92 reais no salário mínimo ainda está de acordo com a nova política de valorização aprovada pelo Congresso.
O economista Celso Grisi, professor da FIA Business School, destaca que o piso ainda é insuficiente, mas já viabiliza uma retomada do poder de compra. Ele ressalta, no entanto, que a medida pode ter impacto sobre a inflação.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, destacou que apesar de o reajuste ter ficado abaixo da expectativa, as regras de valorização foram mantidas.
O sindicalista também afirmou que o próximo passo será a negociação para a recuperação das perdas de correções dos últimos anos.
Além dos trabalhadores que recebem o salário mínimo, as aposentadorias, pensões e benefícios como o de prestação continuada são impactados pelo reajuste.
Em 2024, a estimativa é de que cada um real de aumento do mínimo gere um impacto de aproximadamente 262 milhões de reais somente em déficit do INSS.
Além disso, as perdas podem chegar a 55 milhões de reais ao Fundo de Amparo ao Trabalhador que, entre as atribuições, paga o seguro-desemprego.
Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, o reajuste estabelecido pelo governo vai custar quatro bilhões e 300 milhões de reais aos cofres das prefeituras do país.
Ainda de acordo com entidade, a decisão pode agravar o quadro fiscal de crise enfrentado pelos municípios.