Por Isa Stacciarini — Brasília
O governo Lula vai destinar R$ 300 bilhões para financiar a nova política industrial até 2026. O valor faz parte do programa para alavancar a industrialização no país, chamado “Nova Indústria Brasil”, lançado nesta segunda-feira pelo presidente Lula. A ideia é impulsionar o desenvolvimento nacional, a sustentabilidade e a inovação pelos até 2033. Além de prever seis metas para desenvolver a indústria em uma década, o plano traz objetivos para serem cumpridos até o fim do terceiro mandato de Lula, em 2026.
Dos R$ 300 bilhões anunciados, uma parte já havia sido anunciada na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial e os outros R$ 194 bilhões foram incorporados a partir de fontes de recursos direcionados.
O programa prevê o cumprimento de seis objetivos nas áreas de agroindústria, bioeconomia, complexo industrial de saúde, infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade, transformação digital e tecnologia de defesa. O plano ainda prevê linhas de crédito, investimentos públicos e uma política de obras e compras públicas com incentivos ao conteúdo local para estimular o setor produtivo.
Entre outros pontos, o texto prevê aumentar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário para 50%, produzir internamente 70% de toda a demanda por medicamentos, vacinas, equipamentos e insumos e tecnologia, reduzir o tempo de deslocamento de casa para o trabalho em 20%, reduzir em 30% a emissão de gás carbônico na indústria ampliando em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes, entre outros pontos.
O plano foi construído pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, que é comandado pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin. Esse conselho é formado por 23 ministérios e 50 representantes de setores produtivos. O texto cita que as medidas vão fortalecer a indústria brasileira para torná-la mais competitiva, capaz de gerar empregos, elevar a renda nacional e reduzir desigualdades. O documento ainda frisa que essa é uma resposta a um processo de desindustrialização do Brasil e ao baixo desenvolvimento e exportação de produtos com complexidade tecnológica.
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