Foto: Arquivo/Cidadeverde.com
A plataforma Não Me Perturbe, que bloqueia ligações de telemarketing e crédito consignado, fechou o ano passado com 12 milhões de cadastros.
A iniciativa, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), registrou aumento de quase 9% nos usuários cadastrados em relação a 2022.
Se você costuma receber ligações indesejadas ao longo do dia, saiba que é um incômodo desnecessário. Desde 2019 é possível bloquear essas chamadas. É só se cadastrar na plataforma que bloqueia ligações.
A plataforma já reúne mais de 12 milhões de usuários brasileiros. 974 mil aderiram ao serviço em 2023, uma média de 81 mil novos cadastros mensais. Antes, o bloqueio das ligações podia ser feito apenas pelo computador, e desde o ano passado também está disponível por aplicativo no celular.
O estado de São Paulo tem a maior quantidade de usuários. Já são mais de cinco milhões de telefones do estado cadastrados na plataforma. Já em proporção ao número de usuários, é o Distrito Federal que mais possui cadastros. 8% de todos os números do DF utilizam o serviço.
"O consumidor para ingressar nessa plataforma, ele só precisa fazer um breve cadastro de nome, CPF, e-mail. Envia o número de telefone e concluindo esse cadastro, depois de um mês ele não pode mais receber chamadas de telemarketing relacionadas a telecomunicações e não pode receber chamadas ofertando crédito consignado, ou seja, do setor financeiro", afirma Maria Eliza Mac-Culloch, coordenadora de regulação e autorregulação na Conexis Brasil Digital.
Se depois de 30 dias as chamadas não cessarem, o advogado Nadilson Neves recomenda que os usuários acionem os órgãos de defesa do consumidor.
"O Procon pode gerar alguma multa a essa empresa. Em relação à questão judicial, o consumidor ele pode, sim, ser beneficiado com uma indenização de dano moral", afirma o especialista em direito do consumidor.
Segundo a Conexis, entidade que reúne as empresas de telecomunicações, a criação da plataforma reduziu o número de reclamações sobre as empresas.
"De 2022 pra 2023, uma redução de quase 24%. e se a gente for levar em consideração de 2019 até 2023, a gente teve uma redução de praticamente 54%", afirma Maria Eliza Mac-Culloch.
Fonte: Estadão Conteúdo
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