Por Redação, CBN — Rio de Janeiro
11/01/2024 06h14 Atualizado há uma hora
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A Corte Internacional de Justiça da ONU, em Haia, deve começar a julgar hoje (dia 11) a denúncia da África do Sul contra Israel por crime de genocídio. Segundo o Itamaraty, o presidente Lula decidiu apoiar a denúncia.
Nessa quarta-feira (dia 10), o presidente recebeu no Palácio do Planalto a visita do embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzebeni, que pediu o apoio brasileiro na Corte internacional.
Em nota, o Itamaraty afirma que “à luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio”.
A Confederação Israelita do Brasil classificou o apoio brasileiro à denúncia da África do Sul como uma ação “cínica e perversa, que visa impedir Israel de se defender dos seus inimigos genocidas”. A nota afirma que a decisão “diverge da posição de equilíbrio e moderação da política externa brasileira”. O texto segue dizendo que a África do Sul “inverte a realidade” e lembra que o conflito foi desencadeado pelo ataque do Hamas.
Lula já tinha dado diversas declarações controversas a respeito da resposta militar de Israel, o que provocou desgaste diplomático.
O presidente já vinha usando a palavra “genocídio” para descrever a guerra em Gaza e chegou a comparar os ataques do Hamas às incursões e bombardeios promovidos pelas Forças de Defesa de Israel. Ao receber o primeiro grupo de brasileiros repatriados de Gaza, Lula acusou Israel de também praticar “terrorismo”.
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