Por Redação
— Rio de Janeiro
16/02/2024 06h25 Atualizado há uma hora
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Agentes de elite da Polícia Federal e integrantes da equipe de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal chegam nesta sexta-feira (dia 16) a Mossoró para reforçar as buscas por dois criminosos que fugiram da penitenciária de segurança máxima.
A caçada aos fugitivos já dura mais de 48 horas e já envolve três helicópteros, drones e mais de duzentos policiais federais e PMs do Rio Grande do Norte, do Ceará e da Paraíba.
Quando escaparam, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, da facção criminosa Comando Vermelho, estavam isolados, em regime disciplinar diferenciado, o RDD.
De acordo com a investigação, os dois saíram pelo teto das celas, arrancando uma instalação elétrica ligada à iluminação do local. Depois, foram em direção ao pátio e com alguma ferramenta, possivelmente obtida do canteiro de obras, cortaram o alambrado da cadeia e fugiram.
Para evitar novos episódios, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou uma série de medidas para aumentar o nível de segurança em todas as penitenciárias federais. Entre elas, estão a modernização do sistema de monitoramento por vídeo dos cinco presídios; uso de um sistema de reconhecimento facial de todos os visitantes; e ampliação do sistema de alarmes e sensores de presença.
Também estão previstas: a nomeação de 80 policiais penais federais para reforçar a segurança nos presídios; e a construção de muralhas para dificultar novas fugas.
O ministro acredita que os fugitivos estejam num raio de 15 quilômetros na região do presídio. Lewandowski ainda apontou algumas circunstâncias que podem ter facilitado a fuga inédita de uma penitenciária de segurança máxima.
Monitoramento falhou?
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Presídio federal de Mossoró — Foto: Divulgação
Nas penitenciárias federais, todos os procedimentos e a rotina da cadeia são monitorados por câmeras e agentes de inteligência dentro dos cinco presídios. De Brasília, agentes da Secretaria Nacional de Políticas Penais também monitoram as imagens das cadeias.
Os protocolos preveem que o preso seja revistado todas as vezes em que sair da cela, que também é revistada. Nas celas, que são individuais, não há tomadas elétricas. Sempre que se desloca, o preso permanece algemado, escoltado por pelo menos dois agentes.
Nas penitenciárias de segurança máxima, o preso só se comunica com parentes ou advogados por meio de parlatório ou videoconferência, em dia e horário pré-determinados. Além disso, não tem acesso a meios de comunicação como TV, rádio ou celular.
O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, que comanda o gabinete de crise em Mossoró, acredita que houve falha nos protocolos de segurança.
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