Bolsonaro nega que tenha atuado para organizar golpe e minimiza documentos encontrados pela PF

Bolsonaro nega que tenha atuado para organizar golpe e minimiza documentos encontrados pela PF

leandro santos
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11/02/2024 12h18 Atualizado há 8 horas




O ex-presidente Jair Bolsonaro negou que tenha atuado para dar um golpe no Brasil e minimizou os documentos encontrados pela PF em sua sala, na sede do PL, que previam a decretação de um estado de sítio e de Garantia da Lei da Ordem no país após as eleições de 2022. Alvo de uma operação da PF na última quinta-feira, Bolsonaro falou pela primeira vez sobre o caso em entrevista à TV Record. O ex-presidente se defendeu das acusações e afirmou que não houve tentativa de golpe.


Ainda segundo Bolsonaro, os documentos que previam a decretação de um estado de sítio e a minuta do golpe não tem relação com o trabalho dele no partido e estavam lá por serem parte de um processo analisado pelos advogados.



O ex-presidente ainda minimizou o vídeo da reunião em que ministros de seu governo aparecem debatendo ações e medidas mais graves antes das eleições de 2022. A PF aponta que o encontro, no palácio do planalto, em 5 de julho de 2022, tem uma dinâmica golpista. No encontro, o ex-chefe do GSI, general Augusto Heleno, fala inclusive em infiltrar agentes da Abin nas campanhas eleitorais. Para Bolsonaro, a fala não teve nada de mais.


Alvo da mesma operação que o ex-presidente, o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Neto, foi preso neste domingo pela PF ao desembarcar no Brasil. Ele estava nos Estados Unidos a serviço, e a chegada dele de volta ao país foi acertada com a PF. Corrêa Neto foi abordado pelos agentes na chegada ao aeroporto de Brasília e depois levado a um batalhão do Exército para cumprir a prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. O militar é apontado como responsável por organizar um encontro com colegas que defendiam um golpe.


O Supremo Tribunal Federal também avançou nos últimos dias na análise da denúncia contra a cúpula da PM do DF, por omissão na segurança de Brasília em 8 de janeiro. O ministro Cristiano Zanin seguiu o relator Alexandre de Moraes e votou por receber a denúncias contra o antigo comando da corporação. O caso está sendo analisado no plenário virtual da primeira turma e resta apenas mais um voto para que os ex-comandantes virem réus. Faltam ainda os votos de Carmen Lúcia e Luiz Fux.
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