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16 de abr. de 2024

Cartórios do Piauí passam a emitir documento digital para quem quer ser doador de órgãos

 Foto: Ministério da Saúde 

Por Yala Sena

Os cartórios do Piauí estão emitindo, a partir dessa semana, um documento eletrônico que permite a oficialização da vontade das pessoas de serem doadores de órgãos. Com isso, as mais de 600 pessoas que atualmente aguardam na fila por um transplante de órgãos no Piauí contam com mais um importante aliado na batalha pela vida.

O documento digital para doadores de órgãos é uma iniciativa do  Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil, por meio da campanha Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém.

A partir de agora, a autorização eletrônica estará disponível gratuitamente pelo site www.aedo.org.br, e por meio da Central Nacional de Doadores de Órgãos ficará disponível para consulta via CPF do falecido pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.

“É muito importante para nós, que todos os cidadãos do Piauí tenham acesso a esta formalidade ao expressarem sua intenção de doar órgãos. E a AEDO é um projeto que vai desempenhar uma função vital nisso, garantindo uma oficialização prática e transparente. Os cartórios estarão à disposição para atender este serviço, sempre com o compromisso da segurança jurídica, para que o cidadão possa formalizar sua vontade, tão generosa, tranquilamente” disse o presidente do CNB/PI, Ricardo Araújo.

Pela legislação vigente, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do cidadão, que precisava estar ciente da intenção da pessoa em doar seus órgãos e/ou tecidos. Com a AEDO esta manifestação de vontade fica registrada dentro de uma base de dados acessada pelos profissionais da Saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar a família no momento do óbito.

Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado preenche um formulário diretamente no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo Cartório de Notas selecionado. Em seguida, o tabelião agenda uma sessão de videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade. Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. A plataforma está acessível 24 horas por dia, 7 dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.
  
Por meio do sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar - medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos -. No Brasil, a maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas. Somente no ano passado, três mil pessoas morreram pela falta de doação de um órgão. Atualmente, mais de 500 crianças aguardam por um novo órgão.

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