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6 de abr. de 2024

Minas Gerais lidera ranking de empresas com trabalhadores em condições análogas à escravidão



Por Bruna Bentes

— Minas Gerais


06/04/2024 12h55 Atualizado há 8 horas


Trabalho análogo à escravidão. — Foto: Pixabay




Minas Gerais é o estado com maior número de empregadores que submetem os trabalhadores a condições análogas à escravidão. O dado está no ranking atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nessa sexta-feira. O estado mineiro recebeu 57 inserções e segue em primeiro lugar com um total de 151 nomes. O número é bem superior ao segundo colocado que é o estado de São Paulo com 78 nomes de patrões e empresas.


Esta é a maior lista já divulgada, foram adicionados 248 nomes desde a última divulgação em outubro de 2023. Para a superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, os resultados de Minas Gerais são expressivos, mas revelam também uma fiscalização atuante. Segundo a parta, desde o ano passado, os auditores fiscais de Minas têm intensificado as ações, com o objetivo de coibir a prática e tornar a questão cada vez mais visível para toda a sociedade.



Em relação aos resgates de trabalhadores nessas situações degradantes, Minas Gerais é o segundo estado que mais registrou resgates em 2023, com 651 registros. Em primeiro lugar, está Goiás com 739 casos e em terceiro São Paulo, com 392 registros. No caso de ações de combate realizadas, Minas Gerais foi o estado com mais fiscalizações, um total de 117 no ano passado.


No Brasil, as atividades econômicas com o maior número de empregadores entre os 248 inclusos na lista foram trabalho doméstico, depois cultivo de café, criação bovinos, produção de carvão e por fim construção civil.


A atualização é realizada semestralmente. Os nomes dos empregadores só são adicionados ao cadastro após a conclusão do processo administrativo que julgou o caso, com uma decisão sem possibilidade de recurso.


Além disso, cada nome permanece publicado por um período de dois anos. Por isso, nesta atualização de abril, foram excluídos 50 nomes que já completaram esse tempo de publicação.


O último balanço divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, referente ao ano de 2023, mostrou que 3.190 trabalhadores do trabalho análogo à escravidão foram resgatados no Brasil. 598 estabelecimentos urbanos e rurais foram fiscalizados e mais de R$12 milhões foram pagos em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores resgatados.

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