Operação Fim de Linha mira esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio de empresas de ônibus da capital paulista

Operação Fim de Linha mira esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio de empresas de ônibus da capital paulista

leandro santos
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Por Gabriela Rangel


09/04/2024 07h13 Atualizado há 34 segundos


Operação mira lavagem de dinheiro para o PCC por empresas de ônibus — Foto: Divulgação


Receita Federal, o Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Militar e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deflagraram a Operação Fim de Linha nesta terça-feira (9). A ação mira esquema de lavagem de dinheiro e sonegação de imposto do PCC por meio de duas empresas de ônibus da capital paulista.


Foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva e 52 mandados de busca e apreensão para 39 alvos pessoa física e 13 alvos pessoa jurídica. Desses, 41 alvos são da cidade de São Paulo e os demais são de Barueri, Cotia, Guarujá, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Itu, Mauá, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo e São José dos Campos.



Também foi autorizado judicialmente o arresto, sequestro e bloqueio de bens dos alvos de mais de R$ 600 milhões.


A Receita Federal participa do cumprimento dos mandados em 20 dos alvos, que detêm, juntos, patrimônio total declarado de mais de R$ 148 milhões e movimentaram, apenas entre 2020 e 2022, mais R$ 732 milhões em suas contas correntes. Ela estima que serão lavrados autos de infração da ordem de R$ 200 milhões.


A Receita Federal ainda identificou diversos esquemas tributários para lavagem de dinheiro do crime organizado. Entre os mecanismos estão movimentações financeiras atípicas e distribuições de lucro desordenadas e sem lastro financeiro.


Mesmo em anos em que registravam prejuízos, as empresas alvo da operação distribuíam dividendos milionários a seus sócios. Por exemplo, um dos sócios recebeu mais de R$ 14,8 milhões em dividendos entre 2015 e 2022, período em que a empresa teve um prejuízo acumulado de mais de R$ 5 milhões.


A distribuição de dividendos, além de “esquentar” o dinheiro ilícito, possibilitava o não pagamento de tributos pelos beneficiários, uma vez que esse tipo de rendimento é isento de imposto de renda.




SPTrans vai assumir as linhas




A Justiça de São Paulo determinou ainda que a SPTrans, estatal de transporte coletivo da capital, assuma imediatamente a operação das linhas administradas pelas empresas Transwolff, que atua na Zona Sul, e da Upbus, que administra linhas na Zona Leste.
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