Ciclone extratropical pode intensificar tragédia climática no Rio Grande do Sul

Ciclone extratropical pode intensificar tragédia climática no Rio Grande do Sul

leandro santos
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Por Bruno Teixeira CBN
— Porto Alegre


28/05/2024 06h21 Atualizado há 7 horas


Chuva intensa em Porto Alegre — Foto: Foto: Donaldo Hadlich/Código 19/Agência O Globo




Prestes a completar um mês, a tragédia climática no Rio Grande do Sul pode se intensificar nos próximos dias, em meio à nova onda de chuvas que atinge o estado. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de perigo para as cidades no entorno da Lagoa dos Patos e no extremo sul do estado. As áreas devem ser atingidas por um ciclone extratropical, formado nessa segunda-feira (27). Há o risco de ventos fortes, com rajadas de até 90 km/h.


Diante da crise, o governador Eduardo Leite divulgou um vídeo sobre a situação. Ele descartou, no entanto, a possibilidade de novas cheias nos rios do estado.







O departamento Municipal de Agua e Esgoto de Porto Alegre concluiu na noite dessa segunda (27) a instalação da bomba de drenagem que irá ajudar a retirar a água dos bairros Humaitá e Vila Farrapos, na zona norte da Capital Gaúcha. A instalação já havia sido adiada ao menos três vezes.


A bomba flutuante emprestada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Sabesp, foi instalada nos fundos da estação de bombeamento de água, às margens da freeway, a principal rodovia de acesso a Porto Alegre.




Novos protestos




Nessa segunda também, moradores da região bloquearam a rodovia e realizaram um protesto contra a lentidão das autoridades por um socorro ao bairro. Com baldes, eles tiraram de forma simbólica a água de partes alagadas.

Moradores fazem protesto em rodovia do Rio Grande do Sul. — Foto: Bruno Teixeira/CBN


Os moradores sofrem há 26 dias com os alagamentos. Em muitos locais, ao contrário de outros bairros mais centrais, o deslocamento em algumas vias dos bairros ainda era feito com o auxílio de barcos.


O bairro Farrapos é o terceiro mais afetado, com 17.522 pessoas prejudicadas pelas enchentes, enquanto o Humaitá é o quarto, com 12.617 pessoas afetadas pelas cheias.



Empresários e moradores de outro bairro vizinho, o Anchieta, trancaram outra rodovia, a BR-116, pelo mesmo motivo: o bairro segue alagado, com empresas fechadas e moradores fora de casa. O aeroporto Salgado Filho fica localizado nesta área. A instalação da bomba flutuante no Humaitá também deve auxiliar o bairro.


Em medição realizada às 4h15min desta terça-feira (28), o nível do Guaíba está em 3,74 metros no Cais Mauá.

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