Criança de sete anos morre em Montes Claros (MG) por falta de leitos de UTI pediátricos

Criança de sete anos morre em Montes Claros (MG) por falta de leitos de UTI pediátricos

leandro santos
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Por Dara Russo

— Belo Horizonte


04/05/2024 15h01 Atualizado em 2 horas


Caso aconteceu no Hospital Universitário Clemente de Faria, em Montes Claros. — Foto: Divulgação




A Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, decretou situação de emergência em saúde pública devido à falta de leitos pediátricos causada pelo aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e de arboviroses causadas pelo Aedes aegypti.


Nessa quinta-feira (dia 2), uma menina de sete anos morreu, após não conseguir um leito em Unidade de Terapia Intensiva. Segundo a Unimontes, responsável pela administração do Hospital Universitário Clemente de Faria, a criança foi transferida de outra unidade em estado grave.


Ela foi então encaminhada para a sala vermelha do Pronto Socorro e contou com suporte e acompanhamento de um pediatra durante toda a internação. Devido à gravidade do caso, foi solicitada vaga em UTI pediátrica em outros hospitais da rede, porém sem sucesso.


Também foi emitido laudo para judicializar a busca por uma vaga em UTI pediátrica fora da macrorregião Norte. No entanto, a criança teve complicações no início da tarde e não resistiu.


No decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial dessa sexta-feira (dia 3), o município define o atual cenário como "alarmante para o atendimento em pediatria". A validade das regras estabelecidas é de 60 dias, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.


A Prefeitura ainda destaca que durante a vigência da situação de emergência fica determinada a restrição de transferências de pacientes de outras cidades para Montes Claros e que uma UPA deve ser transformada temporariamente em hospital de urgência pediátrica.


Durante a vigência, ainda fica estabelecido que o município pode adotar todas as providências para solucionar o problema, inclusive com a aquisição de serviços, produtos e mão de obra sem a necessidade de licitação como ocorreria em uma situação normal.


Em nota enviada à CBN, a Unimontes lamentou a morte da paciente, expressando seus sentimentos de pesar à família enlutada e aos amigos.
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