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11 de mai. de 2024

Preços do frango, batata doce e ovos disparam e assustam marombeiros



Por Leonardo Rezende

— Rio de Janeiro


11/05/2024 06h00 Atualizado há uma hora


Carne de frango — Foto: Freepik




A dieta do fisiculturista João Ramos de Freitas em períodos pré-competição é focada na definição muscular. "São três a quatro refeições sólidas por dia, todas com 200 gramas com frango cada. Meu consumo de ovos fica 10 a 12 ovos por dia", conta ele. Nas compras em um supermercado, apenas com essas proteínas, João poderia gastar mais de R$ 700 por mês, e essa conta tem ficado ainda mais cara com o aumento acima da inflação dos preços de itens como frango, ovo e batata doce.


A nutricionista Juliana Lopes é a responsável por montar a alimentação do marido. Desde que João voltou a competir este ano, depois de seis anos, a solução para equilibrar as contas em casa foi fazer as compras no atacado. O casal investiu até em uma geladeira nova para guardar a grande quantidade de comida:




"A estratégia que a gente desenvolveu para suprir essa demanda maior de proteínas foi comprar as proteínas no atacado. Então a gente entrou em contato direto com os fornecedores, fizemos ali um pacote de assinatura e todo mês chega aqui para a gente basicamente frango e ovo no atacado", explica ela.






Batata doce tem alta de 90%; açaí subiu 50%




Carboidrato muito usado pelos marombeiros, a batata doce tem a função de dar energia antes de grandes esforços físicos. Por isso, é comumente usada como o chamado "pré-treino". Entre março de 2020 e março de 2024, o alimento teve mais de 90% de aumento. Desde janeiro, subiu 16%. O frango também ficou 40% mais caro nos últimos quatro anos, enquanto o ovo teve alta de 50%. No caso do açaí, o aumento desde o início desse ano já chega a 50%.


O economista André Braz, do Ibre/FGV, explica que os itens da dieta dos marombeiros são comuns também à cesta básica - e sofrem diferentes influências. E a expectativa para os próximos meses é de que alguns desses alimentos continuem registrando alta:



"Em 2020, foi a escassez por conta da pandemia. Em 2021, foi o ano da crise hídrica, o que prejudicou as safras e a criação de gado. Em 2022, foi a guerra entre a Rússia e o Ucrânia, que encareceu o preço de grãos. Agora, em 2024, além de novos conflitos, começamos o ano com El Niño, fazendo chover demais, que emendou no La Niña. E para completar esse evento no Sul, que tem relevância na produção de soja, de leite, de carne de frango e uma série de outros alimentos que daqui a pouco já vão apresentar algum aumento de preço, repercutindo esse fenômeno climático", descreve o especialista.






Pesquisa de preços e substituição dos alimentos são a solução





Enquanto uns optam por comprar alimentos em grande quantidade pra aproveitar os descontos, outros buscam substituir os alimentos pra lidar com a inflação. O nutricionista e professor de Educação Física Rafa Aismoto afirma que, no caso de legumes e frutas, os atletas devem dar preferência a alimentos da estação, que sempre têm preços mais baixos.


Já em relação à proteína, Aismoto, que é marido e nutricionista da influencer fitness Carol Borba, desmente o mito sobre a carne de porco:



"Muitas pessoas acabam tendo receio de consumir, por exemplo, carne suína, por ser uma carne com muita gordura, mas não é verdade. Então, se você consumir, por exemplo, um lombo suíno ou até um filé mignon suíno, é uma carne super saborosa, com um preço acessível na maior parte das vezes, e é uma carne também muito nutritiva e uma carne até magra", defende ele.

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