Uma adolescente de 15 anos morreu,
nesta quarta-feira (29), em decorrência de complicações causadas por cigarro
eletrônico, popularmente conhecido como vape. A jovem ficou internada por quase
um mês no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília.
Em entrevista ao CBN Brasília, a
pneumologista Alessandra Camargo contou que a paciente estava com tosse há
quatro meses. Nesse período, além do HRAN, ela passou também por um
pronto-socorro e outros dois hospitais públicos do Distrito Federal. Ao ser
internada, o pulmão já estava quase todo comprometido com inflamação. O pulmão
esquerdo parou totalmente de funcionar por causa das lesões. Para a médica, o
caso serve de alerta sobre o uso dos vapes por pessoas jovens. No caso da
adolescente que morreu, por exemplo, os pais nem tinham conhecimento que ela
usava vape.
"Geralmente a pessoa não fica
com cheiro, como o cigarro. E quando ela teve quadro febril por influenza,
procurou pronto socorro, foi vista uma pneumonia."
Na contramão dos que defendem o vape
até como forma de tentar sair do vicio do cigarro comum, a médica Alessandra
Camargo ainda chamou atenção às complicações dos cigarros eletrônicos, que
podem ser piores que os outros.
"Um cigarro tem 1 g de nicotina,
esse q ela usava relata na internet que eram 20 gramas, e se pesquisarmos chega
a 57 gramas. Um com 8 mil doses da duas cartelas, mas a pessoa fuma uma por dia
por 30 anos, e quando idoso, terá vários cânceres, não seria tanto. A questão
do vape é que ele tem substancias gordurosas, principalmente vitamina e e
quando inala vai para o pulmão."
O cigarro eletrônico é proibido no
Brasil pela Anvisa. Mesmo assim, facilmente se encontra os produtos sendo
comercializados. Segundo pesquisa do Instituto Nacional do Câncer feita em
2024, 2,6% dos adultos brasileiros usam o equipamento eletrônico, o que
corresponde a 4 milhões de pessoas.
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