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A defesa da vereadora Tatiana Medeiros solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) a concessão de prisão domiciliar ou a transferência urgente para uma clínica psiquiátrica particular. A parlamentar está presa desde abril, acusada de envolvimento com facção criminosa, compra de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A decisão ainda não tem prazo, mas a defesa pediu urgência.
Segundo os advogados, Tatiana Medeiros apresenta um quadro grave de transtorno depressivo com sintomas psicóticos e ideações suicidas. O pedido da defesa é sustentado por três laudos psiquiátricos, que confirmam a gravidade do estado de saúde da vereadora.
Os documentos indicam crises sucessivas dentro da sala de Estado-Maior do Quartel do Comando Geral (QCG), onde ela está custodiada, apontando que a manutenção da custódia nesse ambiente representa um risco concreto à vida da parlamentar. Na última semana, a vereadora Tatiana Medeiros foi encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) após ser encontrada desacordada no alojamento onde está presa, no Quartel do Comando Geral (QCG).
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A defesa argumenta que o pedido está amparado no Código de Processo Penal, que permite a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar em casos de doenças graves. Os advogados também invocam princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana e o direito à saúde.
O Cidadeverde.com apurou que, nesta segunda-feira (26), a juíza eleitoral da 98ª Zona Eleitoral de Teresina encaminhou o pedido ao Ministério Público Eleitoral, que tem até o dia 6 para se manifestar antes que a magistrada decida sobre o caso.
Investigação da Polícia Federal
Foto: Polícia Federal
Tatiana Medeiros, seu namorado Alandilson Cardoso — preso em Minas Gerais — e seu padrasto Stênio Ferreira Santos foram indiciados em uma investigação conduzida pela Polícia Federal. A apuração aponta que o padrasto da parlamentar atuava como intermediador em pagamentos ilegais ligados à compra de votos e lavagem de dinheiro, utilizando o Instituto Vamos Juntos, fundado por Tatiana.
Durante buscas no Instituto, a PF encontrou documentos com listas de eleitores e um relatório intitulado “Relatório Votos Válidos”, contendo registros de transferências via Pix para lideranças e eleitores. Informações apagadas de aparelhos eletrônicos da vereadora também foram recuperadas. A Justiça determinou ainda a suspensão das atividades da ONG.
Segundo a PF, a proximidade entre Stênio Ferreira Santos, Alandilson Cardoso e Maria Odélia Medeiros — mãe da parlamentar — reforça a suspeita de um esquema financeiro para favorecer a eleição de Tatiana Medeiros. A investigação revela que os votos eram comprados por R$ 100, com pagamento via Pix.
Em um áudio interceptado, o namorado de Tatiana afirma ter investido R$ 1 milhão na campanha da vereadora e insinua a presença de uma representante de facção criminosa na Câmara Municipal de Teresina.
Fonte Cidade verde
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