O setor privado e o Congresso se mobilizam para tentar barrar o aumento
do IOF em algumas transações financeiras. Na Câmara e no Senado, a oposição já
apresentou 20 projetos contra as mudanças desde que o decreto foi anunciado
pela equipe econômica.
Do lado empresarial, entidades da indústria, do agronegócio, do
comércio, de bancos e de seguradoras divulgaram ontem à noite um manifesto que
pede a intervenção do Congresso no tema. As confederações são contra as
mudanças do IOF em transações como câmbio, previdência privada e tomada de
empréstimos por empresas.
Assinam o texto entidades como a Confederação Nacional das Seguradoras;
a Confederação Nacional do Comércio; e a Confederação Nacional da Indústria.
Segundo as associações, os custos das empresas e dos negócios com
operações de crédito, câmbio e seguros serão elevados em 19 bilhões e meio de
reais apenas no que resta de 2025. Para 2026 o aumento de custo chega a 39
bilhões.
O manifesto afirma que a medida do governo encarece o crédito para
empreendimentos produtivos, aumentando a carga tributária do IOF sobre
empréstimos para empresas em mais de 110% ao ano.
Na Câmara, o presidente Hugo Motta indicou que vai levar adiante a
discussão de um projeto de decreto legislativo que pede a suspensão do aumento
do IOF.
A proposta é de autoria de cinco deputados do Novo. No Senado, o líder
da oposição, Rogério Marinho, apresentou um texto com o mesmo teor. O decreto
legislativo é um instrumento do Congresso para barrar decisões do Executivo.
Antes da divulgação do manifesto, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, rebateu as críticas de empresários e da oposição. O vice-presidente
Geraldo Alckmin saiu em defesa do ministro da Fazenda, que também é criticado
dentro do governo.
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