Em
publicação na sua rede social Truth Social, o presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, afirmou que a China 'violou totalmente' o acordo comercial que
havia feito com o país há algumas semanas.
Nesse acordo, foi definido que as tarifas iriam cair substancialmente
dos dois lados. Os chineses passariam a cobrar apenas 10% dos americanos,
enquanto o outro lado seria de 30%. Antes, as taxas dos EUA chegaram a ser de
145%.
O republicano disse que a China sofria economicamente e, por isso,
resolveu abrir a possibilidade de um acordo comercial. Segundo ele, os negócios
se 'estabilizaram' no país, porém o governo acabou quebrando o acordo que tinha
sido feito.
Apesar disso, ele não deu detalhes sobre quais acordos foram violados.
Veja a publicação de Trump:
Depois, a China respondeu em um comunicado divulgado pela embaixada do
país nos EUA, pedindo que governo americano acabe com as 'restrições discriminatórias'.
Além disso, o texto destaca a necessidade de um consenso.
'Desde as negociações econômicas e
comerciais entre a China e os EUA em Genebra, ambos os lados têm mantido
comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial
em várias ocasiões', escreveu Liu Pengyu, porta-voz da embaixada.
A afirmação do presidente americano acontece logo após a Justiça dos EUA
impedir o 'tarifaço' e, logo em seguida, liberar ele novamente.
O recurso dessa quinta-feira (29) reverteu uma decisão do Tribunal de
Comércio Internacional dos Estados Unidos, que havia bloqueado as cobranças do
republicano.
Os juízes tinham entendido que Trump excedeu a autoridade ao impor, com
base em uma lei de poderes emergenciais, taxas generalizadas sobre produtos
importados de diversos países.
A nova decisão atendeu ao pedido apresentado pela Casa Branca para
suspender temporariamente a decisão.
O tribunal tinha suspendido as tarifas de 20% sobre a China; de 25%
sobre todos os produtos importados do México e do Canadá; e as taxas universais
de 10% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, incluindo os
brasileiros.
As tarifas de 25% sobre produtos como aço, alumínio, autopeças e
automóveis não tinham sido afetadas pelo bloqueio dessa quarta (28) e também
continuam valendo com o recente desbloqueio.
Ao menos sete ações judiciais contestam o tarifaço de Trump na justiça
norte-americana. Com a repercussão, a disputa judicial pode chegar à Suprema
Corte do país.
A decisão que chegou a suspender as tarifas apontava que Trump excedeu
autoridade ao impor, com base em uma lei de poderes emergenciais, taxas
generalizadas sobre importações de países que vendem mais aos Estados Unidos do
que compram — ou seja, com os quais os norte-americanos têm déficit comercial.
O bloqueio foi aplicado por um colegiado de três juízes do Tribunal de
Comércio Internacional, com sede em Nova York. Diversas ações judiciais
argumentam que Trump excedeu autoridade, deixou a política comercial dos
Estados Unidos sujeita aos seus caprichos e desencadeou um caos econômico em
todo o mundo.
Pelo menos sete ações judiciais contestam essas tarifas, que são o pilar
central da política comercial de Trump.
Em meio à disputa tarifária, foi divulgada uma queda de 0,2% do Produto
Interno Bruto dos Estados Unidos no primeiro trimestre do ano. A retração é
referente aos últimos três meses de 2024, segundo o Departamento de Comércio
norte-americano. O índice divulgado nesta quinta-feira é o primeiro retrocesso
na economia dos Estados Unidos desde 2022.
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