Após derrubada do decreto do IOF, governo estuda três possibilidades para reverter perda de arrecadação

Após derrubada do decreto do IOF, governo estuda três possibilidades para reverter perda de arrecadação

leandro santos
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Após a derrota massacrante no Congresso com a derrubada do decreto do IOF, o governo estuda três possibilidades para reverter a perda de arrecadação estimada em R$ 12 bilhões. Uma delas é recorrer ao Supremo Tribunal Federal para questionar a medida tomada pelo Congresso. Internamente, o governo avalia que ela pode ser declarada inconstitucional.

Para alguns governistas, no entanto, a judicialização pode acirrar os ânimos e dificultar ainda mais a relação com os parlamentares. Por isso, o governo também avalia medidas que gerem novas receitas ou deve cortar ainda mais. Nesta hipótese, até as emendas parlamentares seriam atingidas. Há quem defenda que isso seja feito para que o Congresso também sinta os efeitos da derrubada. A decisão final será do presidente Lula. O ministro da fazenda, Fernando Haddad, disse, em entrevista à Folha, que vai sobrar para todo mundo.

Então, nós vamos ver agora qual vai ser a decisão do Presidente da República, que pode ser de questionar a decisão do Congresso. É uma possibilidade.

Assim como na economia, no ambiente político, o clima segue tenso. O primeiro reflexo disso é a decisão de Arthur Lira de adiar o relatório do projeto que prevê a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil - principal aposta do governo para este ano. Lira tomou a decisão para esperar a poeira baixar e ajudar a conter as resistências. E deve apresentar o texto na semana do dia 7 de julho.

Para o Diretor de Análise Política da Prospectiva Consultoria, Thiago Vidal, o ambiente tá longe de distensionar. A saída para o governo seria uma melhora na popularidade.

A votação de ontem, ela reflete, na verdade, esse mau momento político do governo, mas ela não encerra a questão, porque é um governo minoritário, um governo que não tem conseguido conter crises e um governo impopular. Esses três elementos fazem com que fosse muito provável, em algum momento, que o governo fosse penalizado pelo Congresso. Depende, sobretudo, de um aumento da aprovação presidencial, algo que poderia acontecer com a melhora da economia. O que é paradoxal, porque os dados econômicos não estão ruins, ao contrário, é verdade que a inflação preocupa, mas está fora de controle.

A possibilidade de acionar o Supremo para reverter o cenário ainda está na mesa, mas a Advocaria Geral da União informou que não há qualquer decisão tomada e que o órgão vai decidir sobre o assunto somente depois de ouvir a equipe econômica.

 Fonte CBN

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