Congresso deve promulgar nesta quinta (26) projeto que revogou o decreto do IOF

Congresso deve promulgar nesta quinta (26) projeto que revogou o decreto do IOF

leandro santos
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O Congresso deve promulgar nesta quinta-feira (26) o texto final do projeto que revogou o decreto do presidente Lula com aumento do IOF. Lula quer se reunir com os presidentes da Câmara e do Senado antes de decidir se recorre ao STF contra a decisão do Congresso.

É a primeira vez, desde o governo Collor, há 33 anos, que os deputados e senadores rejeitam um texto presidencial. Depois de ter sido aprovado por 383 a 98 na Câmara, o pacote de impostos foi rapidamente revogado no Senado, em votação simbólica, sem contagem de votos.

Na Câmara, 63% do total de votos foram dados por partidos que têm 14 Ministérios no governo Lula. As principais siglas aliadas de centro e de direita – como Progressistas, União Brasil, Republicanos, MDB e PSD, ampliaram a infidelidade. Até o ex-presidente do PT, Rui Falcão, votou contra o governo – mas ele diz que foi por engano.

Por causa das festas juninas, os presidentes da Câmara e do Senado autorizaram a votação pelo sistema remoto. Os governistas criticaram a decisão de Hugo Motta de pautar o projeto na véspera, perto da meia-noite, pelas redes sociais.

No plenário, o relator do projeto, coronel Crisóstomo, reforçou que o Congresso não aceita mais aumento de impostos. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, avisou que a decisão deve provocar mais bloqueio no Orçamento, incluindo as emendas parlamentares.

A equipe econômica alega que precisa de R$ 10 bilhões para compensar a perda de arrecadação.

Antes mesmo do fim da votação na Câmara, o presidente Lula se reuniu com os ministros Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann e Rui Costa - e com os líderes do governo no Congresso para avaliar a questão.

A equipe econômica argumenta que a decisão do Congresso é inconstitucional e quer recorrer ao STF. Já a ala política do governo tem dúvidas por temer que a medida acirre ainda mais os ânimos no Congresso.

Lula quer se reunir com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, antes de tomar uma decisão sobre os próximos passos.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, disse que a decisão vai prejudicar as relações do Executivo com o Legislativo porque o Congresso teria descumprido acordos fechados com o governo sobre o IOF.

O Congresso anulou a taxação das Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio em 5%. A alíquota de 17,5% de Imposto de Renda sobre CDB e títulos públicos também caiu. Entre os fatores atribuídos pelo Congresso para a derrota do governo estão a demora na liberação de emendas e a insatisfação com ministros que negociaram a derrubada de vetos do presidente.

Depois da votação dos vetos, os ministros passaram a culpar o Congresso pelo aumento da conta de luz, o que irritou até o principal aliado, Davi Alcolumbre. O presidente da Câmara, Hugo Motta, disse que o resultado da votação mostra o sentimento da Casa e que cada Poder tem que entender o seu limite.

Fonte CBN

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