Empresas de tecnologia enfrentam déficit de profissionais e salários chegam a R$ 20 mil

Empresas de tecnologia enfrentam déficit de profissionais e salários chegam a R$ 20 mil

leandro santos
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Uma das maiores empresas de soluções digitais e de inteligência artificial (IA) do Brasil tem 2.500 funcionários e está constantemente contratando. Fernando dos Santos, de 23 anos, é um dos novos integrantes da equipe. Ele entrou no time há dois meses, após deixar uma concorrente.

"Os benefícios, plano de saúde, vale-refeição, home office... Tenho muitos amigos que nem terminaram a faculdade ainda. Eu fiz um tecnólogo, que dura pouco mais de dois anos, e consegui crescer mais rápido. Financeiramente? Também", conta Fernando, analista programador.

Desde que trocou de emprego, o salário de Fernando aumentou 40%. Somente na empresa em que ele trabalha há mais de 200 vagas em aberto, com salários que podem chegar a R$ 20 mil.

"O mercado está demandando muito. São os mais diversos perfis que atuam nas áreas de tecnologia: desenvolvedores, profissionais de qualidade, design, gestão", afirma Carlos Augusto dos Santos, vice-presidente de operações da BRQ. "Temos muita dificuldade com pessoas que saibam modernizar sistemas antigos. E agora, com o boom da inteligência artificial, a demanda cresceu ainda mais".

A necessidade por profissionais não se restringe a grandes empresas de tecnologia. Atualmente, a área está presente em praticamente todos os setores da economia. São necessários profissionais em escritórios, supermercados, farmácias, bancos, hospitais e todo tipo de organização, etc. Eles ajudam a tornar a produção mais eficiente.

De acordo com um relatório sobre as perspectivas para o mercado de trabalho no setor de Tecnologia, Informação e Comunicação, elaborado pela Brasscom, que representa empresas e instituições da área de Tecnologia, Informação e Comunicação, a previsão é que até dezembro sejam criados até 147 mil empregos formais.

"Tivemos um crescimento de 70% nos cursos de graduação entre 2019 e 2023. Mesmo assim, ainda existe um descompasso: há mais vagas do que profissionais sendo formados", explica Roberta Piozzi, diretora de parcerias e Projetos em Educação. "É um setor que precisa olhar para a formação e para os talentos, para que possamos ocupar essas vagas."

Um bom exemplo de incentivo à formação vem de Santana de Parnaíba, na Região Metropolitana de São Paulo. A cidade abriu mais de 1.600 vagas em cursos de programação voltados a estudantes do ensino médio da rede pública.

"Pensei comigo, conversei com meus pais, que esse curso de programação abriria grandes portas no futuro pra mim. Como meu pai diz: 'conhecimento nunca é demais'", diz Luís Octávio Martins, de 15 anos.

Fonte Cidade verde

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