Foragido por envolvimento em organização que fraudava emplacamento de veículos no Detran é preso

Foragido por envolvimento em organização que fraudava emplacamento de veículos no Detran é preso

leandro santos
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 Foto: Reprodução / PC-PI



Thalysson Santiago, conhecido como Japa, foi preso na manhã desta quarta-feira (18) na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. Thalysson era considerado foragido desde setembro de 2024 quando foi deflagrada a Operação Turismo Criminoso. Thalysson participava da organização crimonosa dando apoio na lavagem de dinheiro e recrutando pessoas para licenciar veículos.

Durante a deflagração da operação à época, um dos integrantes da organização, ao reagir à abordagem policial na cidade de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão, foi responsável pela morte de um policial civil.

A investigação apontou que ele e outros seis envolvidos, já indiciados, faziam parte de uma organização criminosa que fraudava o emplacamento de veículos no Departamento Nacional de Trânsito (Detran-PI) com documentação falsa, entre outros delitos. Dos indiciados, apenas Wallace Fernandes Moreira Silva, de 32 anos, segue foragido.

Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, com apoio de funcionários do Detran, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Segundo a Polícia Civil de Parnaíba, que realizou a prisão, também foi alvo da Operação Bazófia, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2024, que desarticulou um esquema criminoso especializado em fraudes relacionadas ao Auxílio Emergencial e a operações bancárias eletrônicas contra a Caixa Econômica Federal.

Como funcionava o esquema que fraudava veículos?

Confira a linha do tempo que levou a Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Deccor) a desmantelar a organização criminosa.A investigação começou ainda em 2021 quando funcionários do Departamento de Trânsito do Piauí (Detran-PI) eram suspeitos de participação no esquema.
Em 2023, o inquérito passou a ser presidido pela Deccor que levou cerca de 10 meses para identificar e indiciar os líderes da organização criminosa.
Os líderes vieram a Teresina, se hospedaram em hotéis na capital e conseguiram laranjas que tiveram veículos emplacados no Detran, veículos esses considerados inexistentes, pois eram produzidas notas fiscais falsas da compra.
Depois de conseguirem o emplacamento, outra parte do grupo ia até os bancos para conseguir 50% de financiamento de um veículo que não existia. De acordo com o delegado Ferdinand Martins, o grupo conseguir gerar prejuízo de mais de R$ 1,6 milhão ao Banco do Brasil.
Eles conseguiram fraudar a existência de 37 veículos emplacados de maneira ilegal, com uso de notas fiscais falsas que eram emitidas em nome de laranjas.

Em um dos casos, uma empresa de São José do Ribamar, na região metropolitana de São Luís, no Maranhão, adquiriu 3 veículos e entre a chegada do veículo a concessionária eles conseguiram o acesso aos dados.
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