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2 de jun. de 2025

Governo e Congresso criam ‘emendas paralelas’ e turbinam novo orçamento secreto, diz estudo da Transparência Brasil

 


Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar o orçamento secreto inconstitucional, o governo e o Congresso continuam usando um mecanismo de 'emendas paralelas', segundo estudo divulgado pela ONG Transparência Brasil. Uma espécie de drible nas restrições impostas pelo STF, com previsão de pagamentos de R$ 8,5 bilhões para deputados e senadores direcionarem para redutos eleitorais, com critérios precários de transparência.

Os dados obtidos pela Transparência Brasil mostram que as chamadas “emendas paralelas” estão vinculadas às comissões permanentes da Câmara, do Senado Federal e do Congresso Nacional, mas não foram classificadas como emendas de comissão. Um acordo, que envolveu o Planalto, classificou essas emendas como ligadas ao Executivo e à Casa Civil, portanto, sem a obrigatoriedade de cumprir as regras de transparência impostas pelo STF.

 Segundo a Transparência Brasil, na execução orçamentária, os recursos das emendas de comissão 'paralelas' poderão se misturar aos demais gastos do governo federal caso o Executivo não estabeleça uma forma de rastreá-los. Essa modalidade de emendas, por exemplo, não entrou no bloqueio de 31 bilhões de reais no orçamento deste ano.

Segundo Marina Atoji, da Transparência Brasil, essas emendas têm um alto risco político, porque são direcionadas para ações genéricas.

No Senado, as emendas de comissão 'paralelas' somam R$ 4,9 bilhões, sendo inclusive maior que o total de emendas de comissão. Na Câmara, são R$ 2,8 bilhões em emendas 'paralelas'. Ainda segundo a transparência Brasil, R$ 7,1 bilhões em emendas paralelas são direcionadas para ações genéricas e os recursos são pulverizados em vários beneficiários, dificultando o rastreamento.

Tradicionalmente, DNIT, Codevasf e DNOCS, são os órgãos usados para acomodar interesses políticos na distribuição de emendas e aparecem entre os 10 órgãos responsáveis pelas maiores somas de emendas de comissão 'paralelas'.

 Fonte CBN

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