Israel acusou o Irã de lançar um míssil com dispositivos de
fragmentação contra uma área habitada no centro do país, no oitavo dia da
guerra entre os dois países. Segundo o jornal The New York Times, não houve
feridos no ataque, mas o uso do armamento — proibido por mais de cem países —
gerou nova onda de críticas. Israel e Irã não são signatários do tratado
internacional que veta essas bombas.
Em resposta, as Forças Armadas israelenses afirmaram ter
bombardeado indústrias de mísseis na capital iraniana, Teerã, conforme relatos
da agência Reuters. A escalada militar intensificou os apelos internacionais
por uma solução diplomática.
Ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França,
Alemanha e Irã se reúnem nesta sexta-feira em Genebra, na Suíça, em um esforço
para conter o avanço da guerra. A iniciativa partiu do próprio Irã. O encontro
ocorre no mesmo local onde, em 2013, foi assinado um acordo histórico sobre o
programa nuclear iraniano.
A reunião acontece após o fracasso de novas negociações entre
Washington e Teerã. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que
tomará uma decisão sobre o envolvimento americano no conflito nas próximas duas
semanas. Em meio a declarações ambíguas, a porta-voz Karoline Leavitt afirmou
que a posição oficial do governo segue o que foi dito por Trump, que enfrenta
críticas até mesmo de aliados por ter prometido, durante a campanha, que não
entraria em novas guerras.
Enquanto isso, os países do G7 preparam uma declaração
conjunta pedindo o fim das hostilidades. A assinatura dos EUA, porém, ainda é
incerta. Paralelamente, o Irã solicitou uma reunião de emergência do Conselho
de Segurança da ONU, marcada também para esta sexta-feira, em Nova York.