O ministro da defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que
instruiu os militares do país a 'responderem energicamente à violação do
cessar-fogo pelo Irã com ataques intensos contra alvos do regime no coração de
Teerã'.
Já o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, o
General Eyal Zamir, prometeu que o exército israelense 'atacará com força' o
Irã 'em vista da grave violação do cessar-fogo pelo regime iraniano'.
Israel afirma que o Irã violou o acordo de cessar-fogo, que
está em vigor. O governo teria detectado a entrada de mísseis iranianos no
norte de Israel há alguns minutos. No entanto, outros mísseis foram
interceptados em demais partes do país.
O Times of Israel também citou uma autoridade israelense que,
falando sob condição de anonimato, afirmou que 'o Irã violou o cessar-fogo e
pagará o preço'.
Do outro lado, a mídia estatal iraniana respondeu às
acusações de Israel, dizendo que o Irã nega os relatos de que violou o
cessar-fogo. Segundo a agência estatal iraniana ISNA, as 'notícias sobre um
ataque de míssil contra Israel após o acordo entrar em vigor são falsas'.
O Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, Abdolrahim Mousavi,
reforçou a negativa, afirmando que o país não disparou qualquer míssil contra
Israel nas últimas horas.
O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã divulgou uma
declaração nesta terça-feira (24) alertando que 'qualquer nova agressão será
recebida com uma resposta decisiva, firme e oportuna do Irã'.
Médicos israelenses afirmam que cinco pessoas foram mortas em
Beer Sheba durante a noite após mísseis disparados por Teerã.
Início do cessar-fogo
Mais cedo, a mídia estatal iraniana e o governo de Israel
haviam confirmado que tinham iniciado a trégua anunciada seis horas antes pelo
presidente Donald Trump.
Os bombardeios iranianos foram interrompidos após a última
onda de mísseis lançada contra Israel, que mataram pelo menos 4 pessoas. Pouco
antes da trégua, Israel também fez um dos mais fortes bombardeios a Teerã,
capital do Irã, com pelo menos 9 mortes.
O presidente Donald Trump comentou na rede social dele que o
cessar-fogo já estava em vigor e pediu que os dois lados não violassem o pacto.
Em comunicado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, disse que concordava com a proposta de Trump para o cessar-fogo. Ele
reiterou que o país conseguiu os objetivos de 'eliminar a ameaça nuclear e de
mísseis balísticos do Irã'.
Já a mídia estatal iraniana declarou que o cessar-fogo foi
'imposto ao inimigo' após a resposta militar do país contra os Estados Unidos.
A suspensão dos ataques foi anunciada por Trump horas depois
de o Irã disparar 14 mísseis contra a maior base militar americana no Oriente
Médio, que fica no Catar e abriga 10 mil soldados. O ataque foi uma retaliação
aos bombardeios dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas.
Segundo Donald Trump, 13 desses mísseis foram abatidos e
apenas um caiu numa área que não oferecia perigo. Ninguém ficou ferido. O
republicano considerou a resposta fraca e disse que foi avisado dos ataques com
antecedência pelo Irã.
Ao anunciar a trégua, o presidente americano disse que o
cessar-fogo começaria oficialmente pelo Irã e, 12 horas depois, seria a vez de
Israel.
Segundo o republicano, durante a pausa nos bombardeios, o
outro deve permanecer pacífico e respeitoso. De acordo com Donald Trump, depois
de 24 horas, a 'Guerra de 12 dias' será considerada encerrada.
Rozensjain, sustentou que as forças do país já eliminaram
mais da metade dos 400 lançadores de mísseis do Irã e que Israel está perto do
seu objetivo.
Na economia, o mercado já precificava um cessar-fogo entre
Israel e o Irã. Depois de começar o dia em alta, a cotação do petróleo
despencou 7%.
Fonte CBN