Oposição eleva pressão e deve aprovar urgência de projeto que suspende decreto sobre IOF nesta segunda

Oposição eleva pressão e deve aprovar urgência de projeto que suspende decreto sobre IOF nesta segunda

leandro santos
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A oposição na Câmara dos Deputados espera aprovar, nesta segunda-feira, a urgência do projeto que susta os efeitos do decreto do IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras. Parlamentares da oposição e do Centrão estimam que serão mais de 300 votos, num recado ao governo sobre o descontentamento em relação à condução da economia. Os parlamentares afirmam que o placar dessa segunda também deverá ser um termômetro para a rejeição da medida provisória que visa compensar parte das receitas estimadas em IOF: a MP tributa investimentos hoje isentos e prevê cortes de gastos e maior controle na liberação de benefícios sociais.

O líder do Novo na Câmara, Marcel Van Hattem, afirma que a mensagem dos congressistas também recai sobre o que chama de interferência do Executivo nas funções do Legislativo.

"A questão fiscal, aumento de impostos, é a função do poder legislativo aprovar ou não. Então, o governo fazer esse tipo de manobra, usando um imposto regulatório, que é o IOF, para arrecadar, acaba gerando um desgaste grande com o Congresso. E aliado ao segundo ponto, que é o fato de que o aumento de imposto hoje também não está sendo bem-vindo pela sociedade, que já está cansada de o ajuste fiscal cair sempre no lombo do povo, sempre no cidadão. Diante disso tudo, e das eleições que veem pela frente, esse decreto será derrubado", disse.

Já o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias, estima que a urgência será aprovada, mas o mérito da proposta não deverá avançar em plenário.

"Porque eu acho que todo mundo sabe, na hora H, o que significa derrubada do decreto, tem se votado questões para marcar a posição de forma meio infantil. Eu dou o exemplo caso do Ramalho. Eu conversava com todo mundo, gente, está escrito na Constituição, que é depois da diplomação. Então eu acho que é mais uma ou outra medida inócua. Vão votar à urgência e não vão colocar a votação, porque as consequências iriam desastrosas para o Brasil, para programas sociais e para o próprio Parlamento Brasileiro".

Em outra frente, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, está buscando acelerar a liberação das emendas parlamentares de 2025 a partir dessa semana. Quanto às verbas referentes a esse ano, somente R$ 85 milhões foram empenhados e R$ 860 mil efetivamente pagos. A Secretaria das Relações Institucionais informou que foram liberados R$ 6 bilhões em restos a pagar referentes a anos anteriores.

 

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