O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou nota em resposta ao relatório da Polícia Federal que o indiciou junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, ele disse que causa espanto que a Polícia Federal (PF) aponte supostos partícipes de um crime absolutamente delirante, mas não identifique os autores.
Ele negou ter atuado nos Estados Unidos visando interferir em processos no Brasil e disse que sua agenda no país sempre esteve ligada à defesa de liberdades individuais e ao projeto de anistia em tramitação no Congresso. O parlamentar também considerou absurda a criminalização de conversas privadas e classificou o inquérito como tentativa de desgaste político.
O deputado federal afirmou que o objetivo da Polícia Federal "não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político".
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados pela Polícia Federal por tentativa de obstrução de Justiça no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado.
A decisão está no relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) e também resultou em medidas contra o pastor Silas Malafaia, alvo de busca e apreensão e de retenção de passaporte.
Entre as medidas cautelares estabelecidas ao pastor, além da apreensão de aparelhos celulares, há proibição de sair do Brasil e proibição de manter contato com os demais investigados. Entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, além do jornalista Paulo Figueiredo.
O pastor foi abordado por agentes federais ao desembarcar de um voo proveniente de Lisboa e conduzido às dependências do aeroporto, onde presta depoimento.
O que diz o relatório
Durante a investigação da Polícia Federal, foram feitas restaurações de dados. A PF constatou uma intensa atividade do ex-presidente Jair Bolsonaro na produção e propagação de mensagens destinadas às redes sociais, afrontando e desrespeitando a medida cautelar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, proibindo o uso de redes sociais.
Segundo a Polícia Federal, os elementos de prova obtidos pela PF indicam, inclusive, que Bolsonaro tinha posse de um documento destinado a possibilitar a saída dele no território. Isso está também num relatório do ministro Alexandre de Moraes.
E, diante disso, nas conclusões, ele foi intimado num prazo de 48 horas para prestar esclarecimentos sobre "reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga".
Fonte cbn