O Gabinete de Segurança de Israel aprovou nesta sexta-feira (08) um plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para ocupação militar da Cidade de Gaza. A decisão foi tomada depois de o premiê ter dito que pretende assumir o controle de toda a Faixa de Gaza.
O chefe das Forças Armadas israelenses se posicionou contra o plano, alegando que a operação colocaria em risco os cerca de 20 reféns ainda vivos mantidos pelo Hamas e sobrecarregaria ainda mais as tropas após quase dois anos de guerra.
Segundo comunicado divulgado pelo gabinete, a operação será acompanhada do fornecimento de ajuda humanitária à população que estiver fora das zonas de combate.
De acordo com o jornal The Times of Israel, a ação também deve exigir a retirada de todos os civis palestinos da Cidade de Gaza, onde estão atualmente cerca de oitocentas mil pessoas.
O prazo para a primeira fase da operação, que inclui o esvaziamento da cidade de Gaza e a expansão da distribuição de ajuda humanitária, seria 7 de outubro. A data marca o segundo aniversário do ataque liderado pelo Hamas que desencadeou a guerra.
O deslocamento em massa forçado surge em meio ao aumento do número de mortes provocadas pela fome no enclave em razão da guerra.
O Hamas afirmou que os planos representam um golpe durante as negociações por um cessar-fogo e revelam a disposição de Netanyahu para sacrificar os reféns em nome de seus interesses pessoais.
Representantes da facção disseram à emissora Al Jazeera que tratariam qualquer governo civil instalado por Israel como "parte das forças de ocupação", sugerindo que não abririam mão da guerra de guerrilha.
Fonte cbn
