Israel autorizou nesta terça-feira (5) a entrada parcial de mercadorias para o setor privado em Gaza, indicando o início de uma reativação da economia no enclave palestino, sitiado e ameaçado pela fome.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa israelense, que aprovou um número limitado de comerciantes locais. Eles estão sujeitos a diversos critérios e a uma rigorosa verificação de segurança. Inicialmente, o pagamento pelas mercadorias será feito apenas por transferência bancária. Os produtos aprovados incluem alimentos básicos, comida para bebês, frutas e vegetais e itens de higiene.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deve convocar nesta terça o seu gabinete de segurança, com o objetivo de lançar uma nova fase na guerra na faixa de Gaza. Diante da possibilidade do governo israelense decidir ocupar integralmente a faixa de Gaza, o chefe do Estado-Maior do Exército cancelou uma viagem que faria aos Estados Unidos.
Eyal Zamir é o principal porta-voz da oposição a esse plano, que, apesar de ter tido grande repercussão, não foi aprovado ainda pelo gabinete de ministros. O que se teme é que um projeto de tomada integral do território palestino possa colocar em risco os reféns e os soldados israelenses.
O Hamas, por sua vez, disse que as ameaças de Israel são repetitivas, inúteis e que não têm influência nenhuma nas decisões do grupo. Atualmente, o exército de Israel controla 75% da faixa de Gaza.
Depois da divulgação pelo grupo islâmico Hamas de vídeos de dois reféns israelenses famintos, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu veio a público dizer que o Hamas não tem interesse real em um acordo.
As imagens, inclusive, provocaram a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU em Nova Iorque, marcada para esta terça-feira.
Fonte cbn
