A Procuradoria-Geral da República deve se manifestar nos próximos dias sobre as explicações da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ao STF. As alegações foram entregues, na noite dessa sexta-feira (23), pouco antes do fim do prazo de 48 horas determinado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Os advogados de Bolsonaro alegam que ele não descumpriu as medidas cautelares ao utilizar o WhatsApp, argumentando que o aplicativo de mensagens não é uma rede social.
A PGR também analisa o relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente e o filho, Eduardo Bolsonaro, por coação de autoridades brasileiras.
A Polícia Federal disse que as mensagens e áudios encontrados em dois celulares de Bolsonaro comprovam que ele descumpriu as medidas restritivas impostas pela Justiça e tentou fugir para a Argentina.
Os advogados de Bolsonaro disseram que o relatório da Polícia Federal é “peça política” para desmoralizar e massacrar Bolsonaro e pediram a revogação da prisão domiciliar do ex-presidente.
Sobre o plano de fuga para evitar uma eventual prisão, os advogados sustentaram que a própria Polícia Federal reconhece que a minuta é um rascunho antigo enviado por terceiro e que o tal pedido não se materializou. Sobre a acusação da Polícia Federal de que Bolsonaro manteve contato com seu ex-ministro, general Braga Netto, os advogados alegaram que o ex-presidente não respondeu à mensagem.
A defesa afirmou também que as mensagens trocadas por Bolsonaro com o advogado Martin de Luca, que representa uma empresa do presidente Donald Trump, são anteriores às medidas cautelares.
Os advogados argumentaram que o ex-presidente nunca esteve proibido de utilizar o WhatsApp, de trocar mensagens ou de se manifestar e até o último dia 17 de julho, podia conversar livremente com o filho, Eduardo Bolsonaro.
Fonte CBN