O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para discutir possíveis caminhos diplomáticos para encerrar a guerra entre Ucrânia e Rússia.
Trump afirmou que acredita em uma solução diplomática em breve.
"Nós teremos um encontro trilateral e acho que há uma chance razoável de que essa negociação avance."
Apesar do tom otimista, Trump também deixou claro que o fim do conflito ainda não está próximo.
"Aqui não vai acabar nada hoje, as pessoas estão morrendo. Milhares já morreram e, na semana passada, mais soldados de ambos os lados perderam a vida."
Donald Trump ainda responsabilizou Joe Biden, pelo prolongamento da guerra.
"Essa não é a minha guerra, é a guerra de Joe Biden."
Ele ressaltou que deseja o fim do conflito o quanto antes, "porque vai ser bom para todo mundo, especialmente para a população da Ucrânia”.
Em resposta, Zelensky agradeceu pela oportunidade do encontro e ressaltou a gravidade da situação vivida pelos ucranianos.
"Vivemos sob ataques diários. A Rússia tem matado civis, inclusive crianças. Queremos encerrar essa guerra da melhor forma possível e estamos prontos, quando chegar o momento, para esse encontro trilateral mencionado pelo presidente Trump."
Trump se reúne com Zelensky e mais sete líderes europeus sobre conflito com a Rússia
O presidente Donald Trump recebe nesta segunda-feira (18) o ucraniano Volodymyr Zelensky e sete líderes europeus para um encontro decisivo sobre conflito entre Rússia e Ucrânia. Segundo a agenda divulgada pela Casa Branca, o presidente americano se reúne a sós com Zelensky no Salão Oval.
O encontro com os outros líderes europeus, incluindo Zelensky, está marcado para as 16h. Devem participar o presidente da França, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; da Alemanha, Friedrich Merz; da Itália, Giorgia Meloni; o presidente da Finlândia, Alexander Stubb; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
De acordo com diplomatas ouvidos pela agência alemã Deutsche Welle, alguns dos líderes foram convidados para tentar evitar que Trump volte a humilhar Zelensky, como ocorreu há seis meses. O encontro simboliza o esforço da Ucrânia e da União Europeia em buscar garantias concretas de segurança diante da ofensiva russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Volodymyr Zelensky insiste que não aceitará ceder território e que qualquer acordo precisa ser acompanhado de garantias internacionais. Donald Trump deve apresentar as propostas feitas pelo presidente russo Vladimir Putin na sexta-feira, no encontro no Alasca, que terminou sem acordo de cessar-fogo.
Segundo a agência Reuters, o plano de Putin prevê a retirada parcial de tropas russas do norte da Ucrânia, mas exige contrapartidas consideradas inaceitáveis por Kiev. O líder russo quer o reconhecimento da anexação da Crimeia; a manutenção do controle do Kremlin sobre grande parte de Donbas; a promessa de que a Ucrânia não se juntará à Otan; e o alívio das sanções internacionais contra Moscou.
Fonte CBN