Representantes do Brasil e dos Estados Unidos iniciam nesta terça-feira (7) as negociações sobre o tarifaço após a videoconferência entre os presidentes Lula e Donald Trump.
O líder americano designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para conduzir as negociações acerca das sobretaxas e de outras sanções contra o Brasil. Ele é crítico do governo brasileiro e usou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Marco Rubio também é interlocutor do deputado Eduardo Bolsonaro e do blogueiro Paulo Figueredo, que fazem lobby nos Estados Unidos contra o Brasil.
Publicamente, o deputado disse que Trump marcou um “golaço” ao designar o secretário de Estado, considerado linha-dura sobre temas relacionados a governos de esquerda na América Latina. Alinhado com a extrema-direita trumpista, Marco Rubio é filho de imigrantes cubanos e adota uma retórica anti-imigração.
Pelo lado brasileiro, vão participar das conversas, o chanceler Mauro Vieira; o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em entrevista à TV Mirante, do Maranhão, o presidente Lula comentou a indicação de Marco Rubio como interlocutor do Brasil na revisão do tarifaço e das sanções.
Durante a videoconferência, que durou 30 minutos, Lula e Donald Trump combinaram de se encontrar pessoalmente em breve.
O presidente brasileiro sugeriu que o encontro ocorra na Malásia, durante a Cúpula de Nações do Sudeste Asiático, ainda neste mês. Lula pediu a Trump o fim das tarifas e das sanções contra autoridades brasileiras.
Estavam com Lula no Palácio da Alvorada durante a conversa com Trump o vice Geraldo Alckmin e os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad e Sidônio Palmeira - além do assessor especial, Celso Amorim.
O presidente disse que não tratou do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na conversa com Donald Trump.
O presidente Donald Trump publicou em uma rede social que teve uma ótima conversa por telefone com Lula.
Segundo o republicano, eles discutiram muitos assuntos, mas a conversa focou principalmente na economia e no comércio entre os dois países.
O líder americano disse que eles terão novas discussões e encontros em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, e que os dois países se darão muito bem juntos. Em uma entrevista na Casa Branca, Donald Trump repetiu que pode vir ao Brasil.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que fará parte da equipe brasileira nas negociações com os Estados Unidos, disse que está otimista com a abertura do diálogo.
Fonte CBN