Células-tronco e diabetes: Novo estudo mostra avanços na medicina regenerativa

Células-tronco e diabetes: Novo estudo mostra avanços na medicina regenerativa

leandro santos
0

 Foto: Freepik

O diabetes mellitus continua sendo uma das doenças crônicas mais desafiadoras da atualidade, afetando milhões de pessoas e impactando a qualidade de vida e a longevidade da população mundial.

Apesar dos tratamentos convencionais ajudarem a controlar a glicemia, ainda não há cura definitiva. Assim, a medicina regenerativa surge como uma nova fronteira científica e o uso de células-tronco aparece como uma das apostas mais promissoras.

É o que revela um novo estudo do ortopedista e especialista em terapia celular Dr. Luiz Felipe Carvalho, pesquisador do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), o Dr. Célula-Tronco. A pesquisa, publicada recentemente em revista científica internacional, analisa os avanços obtidos entre 2019 e 2025 no uso de diferentes tipos de células-tronco para o tratamento do diabetes e suas complicações.

Um novo olhar para o tratamento do diabetes

De acordo com o Dr. Luiz Felipe Carvalho, o grande diferencial da terapia celular é a capacidade de atuar nas causas da doença, e não apenas em seus sintomas.

“O tratamento com células-tronco busca restaurar a função das células β pancreáticas ou modular a resposta imune, permitindo que o organismo volte a produzir insulina de forma natural ou reduza a agressão autoimune que destrói essas células”, explica o pesquisador.

De acordo com ele, os resultados dos estudos pré-clínicos são animadores.

“Em modelos animais, já observamos melhora significativa no controle glicêmico e até redução da necessidade de insulina exógena”, afirma.

Diferentes tipos de células-tronco em análise

O artigo revisa o uso de quatro principais tipos de células-tronco:

  • Células-tronco embrionárias (ESCs);
  • Células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs);
  • Células-tronco mesenquimais (MSCs);
  • Células-tronco hematopoiéticas (HSCs).

Cada uma delas apresenta vantagens e desafios. As ESCs e iPSCs, por exemplo, possuem alto potencial de diferenciação e podem gerar células semelhantes às β pancreáticas. Já as MSCs têm se destacado pela segurança e pela capacidade de modular inflamações e favorecer a regeneração tecidual.

“As células-tronco mesenquimais vêm se mostrando especialmente seguras em estudos clínicos iniciais, com boa tolerabilidade e resultados promissores na preservação da função das células pancreáticas”, destaca o ortopedista.

Desafios e próximos passos

Apesar do avanço científico, a transição entre laboratório e prática clínica ainda enfrenta barreiras.

“Ainda precisamos padronizar protocolos, entender os mecanismos de ação de forma mais profunda e garantir a segurança a longo prazo dos pacientes”, ressalta o Dr. Luiz Felipe Carvalho.

“A terapia celular não é uma solução única, mas sim um campo em evolução. O desafio está em transformar o sucesso laboratorial em resultados clínicos replicáveis e seguros”, explica

Tags

Postar um comentário

0 Comentários

Postar um comentário (0)

#buttons=(Tá bom, aceito!) #days=(20)

Aceite nossos termos de uso para melhor experiência! Leia aqui
Ok, Go it!