O Exército de Israel começou a retirar nesta sexta-feira (10) as tropas de parte da Faixa de Gaza. O movimento faz parte do cumprimento do cessar-fogo assinado com o grupo terrorista Hamas. De acordo com a emissora Al Jazeera, o recuo das tropas provocou o movimento de famílias deslocadas das partes do Sul do enclave para o Norte.
Na noite desta quinta-feira (9), o governo de Israel ratificou o plano fechado no Egito, que prevê a interrupção dos ataques num prazo de 24 horas. Mais cedo, o grupo terrorista já havia assinado o acordo e declarado o fim da guerra contra Israel.
Agora, o Hamas terá um prazo de três dias para libertar todos os reféns israelenses. São 20 reféns vivos e 28 mortos. Em troca, Israel vai libertar 250 prisioneiros palestinos condenados à prisão perpétua e outros mil e setecentos habitantes de Gaza presos após os ataques de 7 de outubro.
O compromisso também vai permitir a entrada de ajuda humanitária em uma quantidade maior do que vinha ocorrendo.
As tropas israelenses começaram a recuar nesta madrugada na Faixa de Gaza, mas ainda vão manter o controle de mais da metade do território. Segundo agências de notícias internacionais, os Estados Unidos vão enviar 200 militares para Israel para monitorar a implementação do acordo de paz.
Os militares americanos se juntarão a soldados do Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos, para facilitar o fluxo de ajuda humanitária e atuar na segurança para a Faixa de Gaza. O presidente Donald Trump anunciou que vai viajar para o Egito no domingo e deve ir a Israel acompanhar a libertação dos reféns, na segunda ou na terça-feira.
O secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, elogiou o acordo de paz e disse que a ONU está pronta para ampliar imediatamente a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Fonte CBN