Lula e Trump devem se reunir nos próximos dias para discutir tarifaço e sanções

Lula e Trump devem se reunir nos próximos dias para discutir tarifaço e sanções

leandro santos
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Os presidentes Lula e Donald Trump devem se reunir nos próximos dias para discutir o tarifaço e as sanções. O encontro foi acertado durante reunião do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, com o secretário de Estado americano, Marco Rubio.


A reunião ainda não tem data marcada, mas pode acontecer na Malásia, durante a Cúpula dos países do Sudeste Asiático, onde Lula e Trump estarão no fim de outubro.

Em nota conjunta, os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e do Brasil classificaram as conversas sobre comércio e questões bilaterais em andamento como "muito positivas". A nota assinada também pelo representante do Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, diz que os dois governos concordaram em colaborar e conduzir discussões em múltiplas frentes num futuro próximo, estabelecendo um caminho de trabalho conjunto.

Segundo o texto, ambas as partes também concordaram em trabalhar juntas para agendar uma reunião entre o presidente Trump e o presidente Lula na primeira oportunidade possível. A divulgação de uma manifestação conjunta não é um padrão do Departamento de Estado americano, indicando uma sintonia entre as partes sobre o teor do encontro.


Marco Rubio e Mauro Vieira evitaram tratar de questões políticas, como a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. O chanceler brasileiro destacou o clima amistoso da reunião em Washington e disse que pediu a revisão do tarifaço e o fim das sanções aplicadas a autoridades do Brasil.


Antes da reunião com a participação das equipes, Mauro Vieira e Marco Rubio tiveram um encontro reservado de 15 a 20 minutos. O teor da conversa não foi revelado, mas interlocutores da área diplomática acreditam que um dos temas pode ter sido o plano do presidente Donald Trump de usar a CIA para derrubar o ditador venezuelano Nicolás Maduro.


Nesta sexta-feira (17), o ministro Mauro Vieira vai se reunir com o presidente Lula. Nesta quinta-feira (16), sem citar os Estados Unidos, o presidente Lula defendeu a Venezuela durante discurso num congresso do PCdoB, em Brasília.


Nessa quinta, as Forças Armadas dos Estados Unidos bombardearam mais um barco perto da Venezuela. O governo Trump alega que os Estados Unidos estão envolvidos em uma guerra contra grupos narcoterroristas venezuelanos, o que daria legitimidade às operações.


O governo da Venezuela pediu ao Conselho de Segurança da ONU que declare ilegais os ataques dos Estados Unidos no Caribe. O presidente Nicolás Maduro acusou Donald Trump de usar a agência de inteligência americana para tentar dar um golpe de Estado.


Nessa quinta-feira, o almirante Alvin Holsey, chefe do comando militar responsável pelas operações dos Estados Unidos na América Latina, anunciou que vai deixar o cargo e se aposentar. Segundo o jornal The New York Times, a aposentadoria de Holsey está relacionada a tensões políticas sobre a Venezuela.

O almirante teria levantado preocupações sobre os bombardeios que os Estados Unidos vêm conduzindo contra barcos que supostamente transportam drogas pelo Caribe. Para o professor de Relações Internacionais Marcos Cordeiro Pires, um ataque dos Estados Unidos à Venezuela provocaria caos migratório na América do Sul.
Fonte CBN
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