Presidente do TRE explica decisão sobre Tatiana Medeiros e avalia recurso no TSE

Presidente do TRE explica decisão sobre Tatiana Medeiros e avalia recurso no TSE

leandro santos
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 Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), desembargador Sebastião Ribeiro Martins, comentou a decisão do Pleno da Corte que cassou a liminar que havia concedido liberdade à vereadora Tatiana Medeiros (PSB). A parlamentar, investigada em processo que tramita sob segredo de justiça, volta a cumprir prisão domiciliar e permanece afastada das funções na Câmara Municipal.

Segundo o presidente, o tribunal entendeu pela revogação, determinando o retorno da vereadora ao cumprimento das medidas restritivas.

“O Tribunal, recentemente, ao analisar a liminar do juiz José Maria, revogou a liminar e determinou que ela continuasse em prisão domiciliar e fora das funções de vereadora. Mas o processo corre em segredo de justiça perante a juíza doutora Júnia, na primeira zona eleitoral. Então, hoje, o que vale é a posição de que ela continue em casa. O Tribunal cassou a liminar. Ela pode recorrer para Brasília, não sei se a defesa já recorreu”, afirmou o magistrado.

Tatiana Medeiros é investigada na operação Escudo Eleitoral, do Ministério Público Eleitoral, que apura suspeitas de desvio de parte dos salários de assessores parlamentares e busca combater a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições municipais de 2024. O caso envolve outros oito réus, entre eles o namorado da vereadora Alandilson Cardoso, que foi transferido para uma unidade prisional no Piauí na semana passada.


Fraude em eleições

O presidente do TRE lembrou que a fraude a cota de gênero continua sendo um dos principais focos da Justiça Eleitoral no Piauí. “Temos dois tipos de questões. Primeiro, a fraude à cota de gênero, que é quando os partidos utilizam as mulheres apenas para cobrir a cota, mas de fato elas não são candidatas reais. Mas há também casos de abuso do poder político e econômico. Para cassar um prefeito ou vereador, é preciso ter provas robustas dentro do processo”, destacou.

Sebastião Martins acrescentou que o Tribunal analisa atualmente diversas ações de impugnação de mandato eletivo e de investigação judicial eleitoral em tramitação nas zonas do estado. O desembargador também chamou atenção para os desafios das eleições gerais de 2026, especialmente quanto ao uso indevido da tecnologia.

“A inteligência artificial deve ser usada para o bem. Na medicina, na engenharia, ela é muito importante. Mas usá-la para difamar um candidato ou prejudicar um partido é ruim para o processo eleitoral. O papel do Tribunal é assegurar a igualdade de oportunidades entre os concorrentes”, afirmou.

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