Os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) paralisaram as atividades nesta terça-feira (14) em todos os campos do estado. A decisão foi articulada pelo Sindicato dos Docentes da Uespi (Adcesp) e ocorre em protesto contra o descumprimento de pontos do acordo judicial firmado em 2024 entre o Governo do Estado e a categoria.
A mobilização, segundo o sindicato, reflete a insatisfação dos docentes diante da ausência de avanços em compromissos assumidos há mais de um ano. O acordo previa medidas de valorização salarial, melhores condições de trabalho e investimentos na infraestrutura da universidade.
“Apesar dos compromissos assumidos judicialmente, pelo menos três pontos do acordo seguem pendentes, entre eles o aquisição de computadores para professores e professoras”, informou a Adcesp em nota oficial.
Os docentes alegam que o prazo pactuado para entrega dos equipamentos de informática era de 30 dias após o acordo, mas a execução não foi efetivada. Outro ponto de impasse é o estudo de equiparação salarial, que tinha prazo de 60 dias e segue sem conclusão apresentada. A categoria também aguarda a tramitação e votação do projeto que cria o cargo de professor titular.
Para o coordenador-geral da Adcesp, Omar Albornoz, o movimento ultrapassa a pauta salarial. “Não se trata apenas de uma pauta salarial, mas da defesa da universidade pública piauiense. A valorização dos docentes é condição essencial para garantir ensino de qualidade, pesquisa e extensão comprometidas com o desenvolvimento do estado””, afirmou.
Com o lema “Em defesa da UESPI”, a paralisação contará com atividades de mobilização em diversos campi, reunindo professores, estudantes e técnicos administrativos em um Dia Estadual de Luta pela valorização da educação pública. Atos de mobilização ocorrem no campus Torquato Neto, em Teresina, e na cidade de Oeiras, na Praça do Antigo Mercado Municipal.
O Portal O Dia entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom) para esclarecimentos, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações oficiais.
Fonte V1