A avaliação do governo do presidente Lula chegou ao maior nível desde janeiro, com a aprovação do petista empatando com reprovação, segundo levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (08). Os dados mostram que a aprovação é de 48%, enquanto a desaprovação fica em 49%, um empate técnico. O levantamento aponta que a reforma do Imposto de Renda, o encontro com Trump na ONU e as manifestações contra a PEC da Blindagem fortaleceram o petista no último mês.
A aprovação de Lula registra recuperação progressiva desde maio. Os grupos que se destacam no desempenho positivo do presidente são os eleitores que dizem não ter posicionamento político, as mulheres e os adultos entre 35 e 59 anos. A avaliação geral do governo também vem se recuperando desde maio, com uma distância menor entre os que avaliam negativamente a gestão atual (37%, contra 38% em setembro) e os que têm avaliação positiva (33%, contra 31% na pesquisa anterior).
Desde maio, subiu de 19% para 30% o percentual de entrevistados que dizem ter visto mais notícias positivas do que negativas sobre o governo. 46% dos entrevistados dizem ter visto mais notícias negativas do que positivas.
A reforma do IR foi a notícia sobre a qual mais entrevistados tiveram conhecimento: 68%, contra 32%. A maioria aprova. São 79% a favor da isenção de imposto para quem ganha até R$ 5 mil e 17% contra. A taxação dos mais ricos tem a concordância de 64% e a discordância de 29%. Para 49% as mudanças vão trazer uma pequena melhora em suas finanças, e para 41% uma melhora importante.
O encontro entre o presidente Donald Trump e o presidente Lula foi de conhecimento de 57% dos entrevistados, contra 43% que desconheciam. Para 49%, Lula saiu politicamente mais forte do encontro com o presidente dos EUA, enquanto 27% dizem que o presidente brasileiro saiu mais fraco.
A pesquisa traz um bloco sobre a PEC da Blindagem, mostrando que o tema foi ignorado pela maior parte dos entrevistados. 54% não souberam da votação, 60% ignoraram a aprovação na Câmara e 62% passaram ao largo da rejeição do texto no Senado. No entanto, para 39% o governo saiu mais forte das manifestações e para 30%, mais fraco.
As avaliações sobre a situação econômica variaram pouco em relação à pesquisa anterior, e não foram determinantes para o resultado. A expectativa para os próximos 12 meses variou positivamente – 43% esperam que a situação melhore, contra 40% em setembro, e 35% esperam que piore (contra 37%). A avaliação sobre a direção do Brasil continua negativa. Para 56% a direção está errada e para 36%, correta.
A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 5 de outubro. Foram 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro geral estimada é de 2 pontos percentuais.
Fonte CBN