Representantes de Israel e do grupo Hamas retomam nesta segunda-feira (6), no Egito, as negociações indiretas sobre o plano do presidente Donald Trump para o fim da guerra na Faixa de Gaza, que completa dois anos nesta terça-feira (7).
As negociações serão mediadas pelo Egito e terão a participação do enviado especial americano ao Oriente Médio, Steve Witkoff. O genro de Donald Trump, Jared Kushner, que atua como conselheiro informal sênior, também vai participar das conversas.
O Hamas informou que sua delegação é liderada por Khalil al-Hayya, chefe da equipe de negociação do grupo, que foi alvo de uma tentativa de assassinato por Israel no Catar no mês passado. A delegação israelense chegou ao Cairo na noite de domingo e uma porta-voz do governo Netanyahu confirmou que as tratativas começarão nesta segunda-feira.
O primeiro passo a ser negociado serão os detalhes técnicos para a libertação dos 48 reféns – 20 vivos e 28 mortos. A proposta americana já foi aceita por Israel, e o Hamas anunciou que concorda em libertar todos os reféns de uma vez, mas fez exigências sobre os demais termos.
A guerra entre Israel e o Hamas já deixou mais de 67 mil mortos do lado palestino e mais de 900 soldados israelenses mortos, além das 1,2 mil vítimas do dia do ataque terrorista.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou neste domingo que espera finalizar rapidamente a logística para uma primeira fase da proposta e a soltura dos reféns. O presidente Donald Trump disse que as negociações para o acordo de paz estão avançando rapidamente e que a primeira fase do plano deve ser concluída esta semana. O líder americano sinalizou que deve aceitar poucas mudanças propostas pelo Hamas.
No final de semana, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não cumprirá nenhum termo do acordo de Donald Trump antes que todos os reféns israelenses cruzem a fronteira de Gaza para Israel.
Na sexta-feira, assim que o Hamas aceitou libertar os reféns, o presidente Donald Trump pediu que Israel interrompesse imediatamente os bombardeios, mas os ataques continuaram ao longo do fim de semana e nesta madrugada, matando dezenas de palestinos.
Uma porta-voz do governo israelense disse que não há cessar-fogo em vigor neste momento; apenas uma pausa temporária em certos bombardeios.
Fonte Cbn