Começa nesta quinta-feira (6) em Belém, a Cúpula do Clima, que reúne líderes mundiais e representantes de organismos internacionais de cerca de 140 países. É a primeira vez que os líderes globais se reúnem antes do início do evento.
Nesta quinta e sexta-feira (7), chefes de Estado e de Governo vão discutir medidas para reduzir o impacto das mudanças climáticas num evento que antecede a COP30.
Daqui a pouco, o presidente Lula vai recepcionar as delegações e fará o discurso de abertura da conferência, por volta das 10h30. O líder brasileiro também vai comandar três sessões temáticas e discutir com os chefes de Estado e de Governo o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou que entre os alvos da Cúpula estão o financiamento para combater as mudanças climáticas e os dez anos do Acordo de Paris.
Lula também terá hoje reuniões bilaterais com o presidente da França, Emmanuel Macron; com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; e com o Príncipe William, herdeiro do trono britânico.
Ontem, o presidente conversou separadamente com sete chefes de Estado de países da Europa, América Latina, África e Ásia.
No encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Lula discutiu a participação da Europa na Cúpula do Clima e interesses econômicos do Brasil.
O ministro Mauro Vieira confirmou que o presidente Lula vai interromper a agenda em Belém no fim de semana para uma viagem à Colômbia.
O presidente vai participar da Cúpula da CELAC – a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, para manifestar solidariedade à Venezuela diante da ofensiva dos Estados Unidos.
Depois de participar da CELAC na Colômbia, o presidente Lula volta a Belém para abrir a COP30 na segunda-feira.
Financiamentos
A presidência brasileira da COP30 apresentou um plano para financiar ações contra as mudanças climáticas. O “Mapa do Caminho” propõe um esforço internacional para destinar um trilhão e trezentos bilhões de dólares por ano até 2035 a projetos de enfrentamento à crise climática em países mais pobres.
Entre as propostas de arrecadar recursos, o documento sugere taxas sobre aviação, bens de luxo e grandes fortunas.
O texto não tem força de tratado internacional nem será objeto de negociação entre países, mas funciona como um guia político e técnico para transformar as promessas em dinheiro real.
O presidente da COP30, André Corrêa Lago, disse que o texto com a sugestão de taxas sobre aviação não cita diretamente os jatos privados, mas trata da aviação de forma geral.
Os países em desenvolvimento dizem que precisam de 3 trilhões e 400 bilhões de dólares até 2030 para cumprir as metas climáticas e se adaptar a eventos extremos.
O valor recebido até agora foi de apenas 60 bilhões, menos de 2% do necessário.
Fonte CBN