A produção da indústria brasileira teve leve recuo na passagem de agosto para setembro. O resultado negativo de 0,4% eliminou parte do crescimento de 0,7% registrado em agosto. No entanto, houve crescimento de 2% na comparação com igual período do ano passado. E alta de 1,5% no acumulado em 12 meses. 

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (4) pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O desempenho de setembro coloca a indústria em um patamar 2,3% acima do período pré-pandemia de covid-19 e 14,8% abaixo do maior ponto já alcançado, em maio de 2011.
Segundo o IBGE, houve recuo de produção em 12 das 25 atividades industriais pesquisadas. O destaque negativo foi o ramo de produtos farmoquímicos e farmacêuticos: menos 9,7% de agosto para setembro.
Já a maior influência veio do setor de produtos do fumo, com alta de 19,5%.
Apesar da ligeira queda de setembro, o gerente da pesquisa, André Macedo, avalia que o comportamento da indústria nos últimos meses registrou avanço.
"O total da indústria avançou 1% nos nove meses de 2025, permanecendo dessa forma com movimento de expansão da produção e com predomínio de taxas positivas entre categorias econômicas e atividades industriais pesquisadas. Contudo, observa-se redução no ritmo de crescimento ao longo do ano, uma vez que o setor industrial havia mostrado expansões de 2% no primeiro trimestre e de 1,3% no fechamento do primeiro semestre de 2025".
A pesquisa da produção da indústria brasileira, feita pelo IBGE desde a década de 1970, abrange setores extrativistas, de transformação e de energia, servindo como um importante indicador do desempenho econômico do país.
