Relatora do TSE vota pela cassação do governador Cláudio Castro

Relatora do TSE vota pela cassação do governador Cláudio Castro

leandro santos
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Rio de Janeiro (RJ) 24/10/2024 - O governador do Rio, Cláudio Castro, fala à imprensa com os secretários de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, de Polícia Civil, Felipe Curi, e de Segurança Pública, Victor dos Santos, após a morte de três pessoas baleadas na Avenida Brasil, próximo do Complexo de Israel, onde acontecia uma operação da Polícia Militar, na Zona Norte. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Isabel Gallotti, votou nessa terça-feira (4) pela cassação e inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. 

Ele é investigado por abuso de poder político e econômico, conduta proibida e captação ilícita de dinheiro nas eleições de 2022.

O TSE começou a julgar os recursos que pedem a cassação do mandato do governador reeleito. 

A análise foi suspensa após pedido de vista do ministro Antônio Carlos Ferreira. 

Para a ministra Isabel Gallotti, relatora das ações, os investigados buscavam influenciar as eleições e manter o comando da gestão no poder.

"Esta concentração de um volume excessivo e injustificado de contratações e de gastos em 2022 ostentou inequívocamente gravidade para macular a normalidade e a legitimidade das eleições. Então, o governador do Rio, candidato à reeleição, aparece numa posição central na arquitetura e execução do esquema ilícito, utilizando-se de suas prerrogativas do chefe do executivo, não apenas anuiu com as práticas, mas as autorizou, além de ter editado normativos que viabilizaram as irregularidades".

O Ministério Público Eleitoral apontou que apenas no primeiro semestre de 2022, mais de R$ 500 milhões foram usados na contratação irregular de servidores temporários. A ministra Isabel Gallotti destacou a gravidade do esquema:

"Sistemática empreendida configurou um mecanismo de destruição de recursos à margem da transparência e dos controles institucionais, cujo objetivo não era atender o interesse público, mas sim criar uma rede de apoiadores remunerados com verbas estaduais e promover a imagem do governador e dos seus aliados nas redes sociais e em inaugurações de novas unidades e projetos sociais".

Ao votar, a relatora Isabel Gallotti determinou ainda a realização de novas eleições para o governo do estado e ainda multa de mais de R$ 470 mil para Castro.

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