O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu mais cinco dias para o governo do Rio de Janeiro enviar à Corte informações sobre a Operação Contenção, realizada no dia 28 de outubro nos Complexos da Penha e do Alemão, na capital fluminense, que matou 117 suspeitos de integrar a organização criminosa Comando Vermelho e quatro policiais.

Moraes atendeu ao pedido do governo estadual para ampliar o prazo, que terminaria nesta quarta-feira. Entre as informações solicitadas estão laudos necroscópicos e de projéteis.
No despacho, o ministro diz que a prorrogação do prazo possibilita às secretarias de Estado envolvidas mais tempo para consolidar e encaminhar as informações e documentos requeridos.
Alexandre de Moraes é o relator temporário da chamada ADPF das Favelas. Na ação, a Corte já determinou diversas medidas para a redução da letalidade durante operações em comunidades do Rio de Janeiro.
Também nesta quarta-feira, o Ministério Público do estado enviou ao ministro Alexandre de Moraes um relatório parcial sobre as mortes ocorridas na megaoperação.
O relatório aponta duas mortes consideradas atípicas em operações desse nível. Um deles apresentou marcas de tiros à curta distância. O segundo corpo estava decapitado por instrumento cortante.
O relatório ainda confirmou que todos os mortos eram homens, na faixa entre 20 e 30 anos.
O MP também informou a Moraes que, agora, os promotores vão fazer análises das câmeras corporais dos policiais que participaram da ação, assim como do local do confronto.
