A semana começa com o acirramento da crise entre o governo e Congresso por causa da disputa pela indicação do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal.
Na quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado deve ler o parecer do relator Weverton Rocha sobre a indicação de Jorge Messias para o lugar de Luís Roberto Barroso. O senador maranhense tem dito que dará parecer favorável à escolha de Lula pelo advogado-geral da União, mas quem decidirá será o plenário em votação marcada para o dia 10.
Apesar dos apelos do governo, o presidente do Senado reafirmou neste domingo (30) que o prazo não será adiado. Davi Alcolumbre é contra a nomeação de Messias porque queria que o indicado fosse o senador Rodrigo Pacheco.
Numa nota dura, o presidente do Senado acusou o Executivo de interferência indevida na sabatina, ao não enviar os documentos sobre a indicação. Alcolumbre acusou “setores do Poder Executivo” de tentar criar a falsa impressão de que divergências entre os Poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico, com cargos e emendas. A referência se dá diante de informações de que ele só apoiaria Jorge Messias se tivesse em troca a presidência do Banco do Brasil.
Numa tentativa de conter a escalada da crise, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais para dizer que o governo tem o mais alto respeito e reconhecimento pelo presidente do Senado.
Para o líder da oposição no Congresso, Izalci Lucas, Jorge Messias enfrentará resistência para ter o nome aprovado no Senado.
Fonte CBN