Com a chegada do inverno amazônico, que se estende de dezembro a maio, especialistas alertam para o aumento de doenças virais respiratórias infecciosas, especialmente entre crianças. O período de chuvas intensas favorece a circulação de síndromes respiratórias e arboviroses, como dengue, zica e chikungunya. Lourival Marsola, infectologista, alerta para alguns cuidados essenciais.

Os cuidados aqui são vários: nós temos em relação à vacinação, é necessário que estejam vacinados contra a influenza, que estejam vacinados contra a covid-19, principalmente aquela população de maior risco, a população-alvo da vacinação. E também é importante que a gente tenha, hoje já tem acessível, as vacinas contra a bronquiolite em crianças pequenas causada pelo vírus sincicial respiratório, não é? A gestante se vacina para prevenir esta infecção no bebê assim que ele nasce e o bebê toma uma vacina específica em situações específicas para prevenir a bronquiolite.
Dados do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Regional Abelardo Santos mostram que somente em 2024 foram registrados mais de 1,2 mil casos de síndrome respiratória aguda grave. Nesse total, cerca de 60% envolve crianças de até 12 anos e a média semanal chega a dobrar durante a estação chuvosa. As unidades de saúde da capital já estão preparadas para receber casos suspeitos, como afirma o prefeito Igor Normando.
Belém já se adiantou e agora todas as unidades básicas de saúde até o dia 28 de fevereiro a gente vai estar vacinando. Então, ó, corre lá até as 17 horas, a gente tá te esperando.
Lembrando que, além dos vírus respiratórios, a preocupação também envolve a arbovirose, já que a água acumulada pelas chuvas cria um ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
