O presidente Lula defendeu a isenção do Imposto de Renda e afirmou que em 2026 a medida vai injetar 28 bilhões na economia e aumentar o poder de compra da população. A declaração de Lula foi feita em um pronunciamento oficial em rede de rádio e de televisão nesse domingo. A isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês já começa a valer em janeiro e vai beneficiar mais de 10 milhões de pessoas.

Também vai pagar menos impostos quem recebe até R$ 7.350 por mês, cerca de 5 milhões de contribuintes. Para o Lula, o que hoje é desconto no contracheque vai virar dinheiro extra no bolso da população.
"Para viajar com a família, comer o que mais gosta, comprar presente de Natal para os filhos, quitar uma dívida, adiantar uma prestação, comprar uma televisão com tela maior para ver a Copa do Mundo ano que vem. Esse alívio no Imposto de Renda significa mais dinheiro no bolso, que significa maior poder de compra, que significa aumento no consumo, que faz a roda da economia girar."
O presidente lembrou que a isenção representa quase um 14ª salário para os trabalhadores e, para compensar a medida, Lula voltou a defender a taxação dos super-ricos. Se você ganha até R$ 5 mil por mês, dezembro será o último mês que você terá desconto do Imposto de Renda no contracheque.
Com zero de Imposto de Renda, uma pessoa com salário de R$ 4,8 mil pode fazer uma economia de R$ 4 mil em um ano. É quase um décimo quarto de salário. E o mais importante: a compensação não virá de corte na educação ou na saúde, mas da taxação dos super-ricos.
Lula argumentou ainda que a correção na tabela do Imposto de Renda ataca a injustiça tributária, que, para ele, é a principal causa da desigualdade no Brasil. O presidente ainda criticou os privilégios da elite brasileira.
Ao longo de 500 anos de história, a elite brasileira acumulou e deu mais e mais privilégios, que foram passados de geração em geração até a chegada aos dias de hoje. Entre os muitos privilégios, talvez o mais vergonhoso seja o de pagar menos Imposto de Renda do que a classe média e os trabalhadores.
O governo sancionou a isenção do Imposto de Renda na semana passada. Para compensar a perda na arrecadação, houve aumento na taxação para os super-ricos, que possuem rendimentos acima de 600 mil anuais, cerca de 140 mil contribuintes.
