Em Teresina, centenas de classes trabalhadoras protestaram na manhã desta sexta-feira (31) contra a reforma da previdência e a terceirização dos serviços. O organizado pela Central Única de Trabalhadores (CUT), o ato aconteceu em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho no Centro da capital e contou com a participação de 500 pessoas, segundo a entidade. A polícia não compareceu ao ato, que iniciou às 9h e terminou por volta das 11h.
De acordo com Paulo Bezerra, presidente da CUT, “a manifestação acontece em frente a Justiça do Trabalho para mostrar ao Congresso a importância deste órgão, que é um fórum mediador dos direitos trabalhistas", declarou Paulo Bezerra, presidente da Curso.
Para o representante, o projeto da terceirização foi aprovado sem debate com as classes trabalhistas. Ele explicou que a mudança traz vários prejuízos como a aumento da jornada de trabalho, redução salarial, retirada do 13° salário e férias, além disso dar o direito da empresa terceirizar os servidores.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatéia Bastos, também está o protesto. Ele avaliou que o projeto de terceirização atinge principalmente a classe que trabalha em bancos privados, onde a rotatividade é maior. "É o fim da CLT e do concurso público. Se antes as empresas particulares faziam o que queriam com o trabalhador, agora imagina isso se estendendo para o setor público", completou.
Durante o ato, os servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) anunciaram a paralisação das atividades em prol do movimento. A manifestação ganhou também apoio da senadora Regina Sousa (PT) que definiu a reforma da previdência e terceirização como 'golpe político'.
"É um golpe contra o trabalhador. Percebo uma mudança de postura de alguns partidos contra estas mudanças, mas precisamos acumular forças e fazer um grande movimento para sacudir este país. O governo está preocupado somente com o capital para fechar as contas e a população paga por isso", comentou a senadora.
Outro sindicato que participou da manifestação foi o dos Agentes Peninteciários do Piauí. O diretor jurídico do Sinpoljuspi, Vilobaldo Carvalho frisou que a reforma não se trata de melhoria trabalhista, mas da destruição da previdência. "Poderia ser chamada ‘PEC da Destruição’ porque retira os direitos que conquistamos com tanta luta", disse.
Após o ato em frente ao TRT, os trabalhadores participaram de uma audiência para discutir sobre as mudanças trabalhistas. Participaram também da manifestação: Sinte, Correios, Sitricom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Teresina), Sindufpi, Sindifpi, Rodoviários, Confecções, Comerciários, Frente Brasil Popular, Sindicato dos servidores da Previdência (Sindprev) e Auditoria da Dívida.
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