Tom crítico marca debate entre os candidatos à Presidência da OAB Piauí

O Grupo Meio Norte de Comunicação (GMNC) promoveu, nesta quarta-feira (10), um debate entre os candidatos que disputam a vaga de presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí (OAB/PI). As discussões foram transmitidas ao vivo na TV Jornal (Canal 20.1) e Rádio Jornal MN (90.3), dentro do programa Diálogo Franco, sendo mediado pelo jornalista Ananias Ribeiro.

Participaram do debate os candidatos Raimundo Júnior, Carlos Henrique e Celso Barros Neto, também atual presidente da OAB/PI. O confronto de ideias foi marcado pelo acirramento, com críticas mútuas, mas também teve espaço para a apresentação de propostas para a categoria.

Os três candidatos à Presidência da Seccional participaram do confronto de ideias na TV Jornal (Foto: Wellington Benário)

Nos dois blocos os candidatos fizeram perguntas com tema livre, com direito a réplica e tréplica. Nesse sentido, Carlos Henrique deu início ao debate questionando ao atual presidente da Seccional, Celso Barros Neto, se ele é a favor da alternância no Poder, aproveitando para rebater a posição do adversário de que sua gestão não trouxe grandes contribuições à advocacia.

"Sou advogado há 26 anos, com muita honra cumpro a função nobre de advogar, algumas funções que exerci na OAB, exerci por conta do desejo de servir a classe, de servir a advocacia, funções que ocupei algumas foi por eleição, não usurpei a função de quem quer que seja, estou concorrendo agora, oferecendo os serviços que fizemos, o trabalho que fizemos, chegar aqui e dizer nada é depor contra a própria instituição, toda gestão tem erros e acertos, a gestão da OAB tem muito o que construir e construiu muito com o passar da história, chegar aqui e dizer que nada foi feito é não ter conhecimento do sistema OAB,aqui eu poderia passar o dia todo falando das ações que fizemos", disse.

Por sua vez, Carlos Henrique pontuou que é preciso contribuir mais com a categoria, destacando que é o único candidato com 'independência e sem amarras'. "Nós entendemos que todas as administrações deixam alguma contribuição, mas é chegada a hora de um advogado combativo, que conheça a realidade do dia a dia de cada advogado, que tenha nindependência, por isso somos os únicos que possuímos essa independência, não possuímos amarras, por isso a chapa 2 vai lutar por você advogado e advogada desse estado, que não se lembre do advogado só quando tem que pagar a anuidade", frisou.

Debate com candidatos à presidência da OAB-PI na TV Jornal

Na sequência do debate, Celso Henrique questionou Raimundo Junior sobre a importância da qualificação profissional, sendo o tema mais um ponto de conflito; o candidato alegou que o atual presidente da OAB PI acabou com a capacitação da Jovem Advocacia, pontuando que atualmente muitos deles não sabem sequer como se portar diante de um juiz. "Vamos ampliar e avançar tudo que foi feito nas últimas gestões, não queremos uma ESA de fachada, queremos uma ESA que funcione muito mais, temos proposta de avançar no mestrado, doutorado, sem deixar de olhar para o advogado militante, sem deixar de olhar pro Jovem Advoga, essa gestão acabou com o curso de iniciação a jovem advocacia, se afastou da universidade, das faculdades, hoje o Jovem Advogado sequer conhece a advocacia, não podemos esquecer a qualificação da base, hoje o advogado que não sabe sequer se portar diante do juiz, não sabe usar o Pje, rodei muito o Piauí agora e o sentimento de desassistência é muito grande", afirmou.

Matéria em atualização